O objectivo é «dar continuidade e convergência ao grande caudal da luta que tem vindo a ser desenvolvido e está em desenvolvimento nas empresas e locais de trabalho de todos os sectores, sejam do público ou do privado», lê-se num comunicado enviado ao AbrilAbril.
Reunida esta quarta-feira, a Comissão Executiva do Conselho Nacional da CGTP-IN analisou a situação nacional, designadamente a «degradação das condições de vida e de trabalho» e a «brutal ofensiva do patronato contra os direitos dos trabalhadores», bem como «as opções do PS e do seu Governo».
A central sindical advoga que, «mais uma vez», o Governo «opta por não resolver os problemas estruturais há muito identificados», resultantes dos baixos salários e de uma legislação laboral «que agride os trabalhadores», criticando o facto de o Executivo se manter «amarrado» aos constrangimentos da União Europeia e do euro e aos limites do défice.
Constrangimentos reflectidos, quer na proposta de Orçamento do Estado para 2022, quer nas alterações à legislação laboral decorrentes da chamada «Agenda para o trabalho digno e valorização dos jovens no mercado de trabalho», com o Governo a «manter intocáveis os interesses das grandes empresas e dos grandes grupos económicos».
A CGTP-IN insiste que o momento exige a adopção de uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, nomeadamente, com o aumento geral dos salários em 90 euros para todos os trabalhadores, a valorização das carreiras e profissões e a fixação de 850 euros para o salário mínimo nacional a curto prazo.
O aumento real das pensões e a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, sem redução de salário, são, a par do combate à desregulação dos horários de trabalho, do reforço dos serviços públicos e das funções sociais do Estado e da revogação das normas gravosas da legislação laboral, onde se inclui a caducidade da contratação colectiva, outras reivindicações da central sindical.
Está marcada para 26 de Outubro a reunião do Conselho Nacional da CGTP-IN, na qual será analisada a proposta de convocar uma manifestação nacional dia 20 de Novembro.
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