|Pingo Doce

Denúncias e resistência levam Pingo Doce a recuar

A indignação generalizada fez a empresa recuar na sua decisão de abrir às 6h30. Entretanto, António Costa sublinhou que as grandes superfícies não podem abrir antes das 8h e têm que fechar às 13h.

Interior de loja Pingo Doce. Foto de arquivo
Créditos / Barlavento

A Jerónimo Martins voltou atrás e vai manter os horários habituais nas suas lojas Pingo Doce no fim-de-semana, depois da controvérsia sobre a antecipação da abertura para as 6h30, anunciou ontem o grupo.

Na quinta-feira, a Jerónimo Martins tinha anunciado que iria antecipar a abertura da «maioria das suas lojas» Pingo Doce devido às limitações de circulação.

Perante as «múltiplas interpretações, também de implicação política, que têm vindo a ser feitas e veiculadas ao longo das últimas horas e ao nível da discussão pública gerada, o Pingo Doce informa que os horários habituais das suas lojas se manterão inalterados», conclui a empresa.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP/CGTP-IN) afirma que o recuo verificado mostra que «vale a pena lutar e denunciar todos os atropelos aos direitos dos trabalhadores».

O CESP alertou imediatamente para as implicações desta medida no que toca à desregulação de horários dos trabalhadores e denunciou a forma como estava a ser concretizada. Muitos estavam a ser convocados através de grupos de WhatsApp e, por causa do banco de horas, iriam entrar mais cedo e fazer mais horas a «custo zero».

Depois da reunião de ontem do Conselho de Ministros, António Costa sublinhou que «seguramente por deficiência da [sua] comunicação» houve «equívocos» relativamente às excepções. As grandes superfícies só poderão abrir às 8h e terão que encerrar às 13h.

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