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Efacec «atropela» liberdade sindical

Os trabalhadores acusam a administração da Efacec de «atropelo aos direitos» e à «liberdade sindical» por ter rejeitado ceder as instalações para um plenário.

Concentração durante a greve dos trabalhadores do Grupo EFACEC contra os despedimentos, na entrada da empresa situada no Parque Industrial da Arroteia, em Matosinhos, 23 de Março de 2018
CréditosRui Farinha / Agência Lusa

Em causa está o facto de a administração da Efacec ter rejeitado um pedido do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN) de cedência de instalações para a realização de um plenário de trabalhadores, na passada sexta-feira, alegando que não havia condições sanitárias.

«Dissemos que estávamos dispostos a fazer o plenário no exterior, mas continuaram a dizer que não aceitavam. Dissemos então que faríamos vários plenários em pequenos grupos, mantendo a distância de dois metros [entre os participantes] e com uso de máscara, mas, numa atitude intransigente, nunca estiveram abertos ao diálogo e disseram sempre que não, invocando a saúde dos trabalhadores», disse ao AbrilAbril o dirigente sindical Miguel Moreira.

De acordo com o sindicalista, o objectivo do plenário era «falar com os trabalhadores sobre o que se passou durante o lay-off», que terminou em 31 de Julho, mas durante o qual o sindicato diz ter havido «a subcontratação de empresas externas para substituir funcionários».

Outro dos temas em cima da mesa seria a nacionalização da empresa. Segundo o dirigente sindical, o sindicato reuniu «centenas de assinaturas» de trabalhadores num abaixo-assinado que pretende entregar ao Governo no próximo dia 24, tendo agendado reuniões com vários grupos parlamentares, exigindo «a nacionalização definitiva da Efacec e a defesa dos postos de trabalho». Até ao momento apenas o grupo parlamentar do PCP respondeu ao pedido de reunião.

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