Em dia de greve no sector social, os impactos desta na Madeira fizeram-se sentir, mesmo tendo em conta todos os ataques à liberdade sindical que se vão acumulando na Região Autónoma. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA/CGTP-IN), a adesão confirma o sucesso da luta.
A paralisação, que abrange as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), mutualistas e Misericórdias, tem como principal reivindicação a melhoria das condições salariais e laborais e na Madeira registou uma adesão de 60%, sendo que em sectores específicos, como o Centro da Mãe, a adesão chega a 100%.
Com a acção de luta, os trabalhadores procuram fazer valer as suas reivindicações: a revisão da tabela salarial, com a exigência de que o vencimento mínimo para os seja fixado em mil euros; o pagamento do subsídio de insularidade para os trabalhadores da Região; e pela melhoria de subsídios, como o de alimentação.
O sucesso verificado não fica, no entanto, apenas pela forte adesão. Para o sindicato, o balanço positivo também se faz pela prova de coragem demonstrada, uma vez que o STFPSSRA «tem constantemente sido boicotado nas greves». Segundo Nélson Pereira, dirigente sindical, em declarações ao Diário de Notícias, «têm vindo sempre a dizer que estas paralisações são ilegais e isso só demonstra o que nós temos aqui, a falta de democracia que existe neste Governo [Regional] em relação aos trabalhadores da Administração Pública».
Apesar do sucesso da greve, para já não existem reuniões agendadas com entendidas patronais, no entanto a estrutura sindical espera que as IPSS, as Misericórdias e as Mutualistas retomem os processos negociais, com o objectivo de garantir melhores condições para os trabalhadores.
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