O dia de ontem está a causar polémica e Fenprof não podia passar ao lado dos acontecimentos. Assim foi, e numa postura responsável e construtiva, a estrutura sindical emitiu um comunicado onde dá conta do seu posicionamento face ao ao corrido.
Começando por dizer quais os objetivos da luta, a Fenprof indicou que estiveram 200 professores e educadores no Peso da Régua nas comemorações do 10 de Junho, de forma a dar continuidade ao processo reivindicativo que tem sido desenvolvido.
Na acção de luta, os professores exibiram cartazes que exigiam «respeito» e camisola que fazia referência aos seis anos, seis meses e vinte e três dias, o tempo de serviço apagado das carreiras dos docentes. Ante tais reivindicações, o Primeiro-Ministro repetiu o argumentário repetitivo de ter sido ele a descongelar as carreiras, sem nunca dizer que não repõem o tempo de serviço por uma obsessão pelas contas certas.
O comunicado relata ainda que o Presidente da República foi cumprimentar os manifestantes que estavam presentes e «garantiu que se irá manter atento à situação que se vive na Educação, admitindo a realização de uma reunião para breve».
Com base nesta postura reivindicativa construtiva, a Fenprof saudou os docentes presentes que se fizeram ouvir de forma «civilizada e respeitadora» durante as três horas que durou a comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Apesar desta maioria que se soube manifestar, a Fenprof demarcou-se «do insulto e do populismo». Segundo a estrutura sindical, «a meio da cerimónia surgiu, no local em que a Fenprof se encontrava, um grupo de cerca de uma dezena de professores envergando tshirts com caricaturas de mau gosto de Marcelo Rebelo de Sousa e de João Costa e empunhando cartazes com a imagem distorcida de António Costa». Após a sua chegada, o grupo em questão seguiu o Primeiro-Ministro por largos minutos.
O comunicado deixa muito clara a posição da Fenprof que «demarca-se daquelas imagens, considerando que para se exigir respeito é necessário saber respeitar. Se a lutar também se está a ensinar, não se podem usar como armas o insulto e populismo. Imagens como as que foram exibidas não dignificam os professores e a sua justa luta».
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