«Os trabalhadores exigem que, no mês de Abril, todos os trabalhadores tenham um aumento salarial que reponha a perda do poder de compra, e não esteja condicionado à avaliação de desempenho», que a empresa continua aplicar mesmo sabendo que é «discriminatória e injusta», refere o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN).
Os trabalhadores da Fico Cables, na Maia, decidiram em plenário intensificar os protestos com greve parcial de quatro dias e ao trabalho suplementar no mês de Dezembro, face à intransigência patronal. A decisão foi tomada pelos trabalhadores em plenário, perante a posição de inflexibilidade manifestada pela administração na última reunião, relata o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (Site Norte/CGTP-IN). Os trabalhadores decidiram intensificar a contestação com quatro novos dias de greve parcial a 3, 7, 10 e 14 de Dezembro, seguindo o mesmo modelo dos protestos anteriores – duas horas por turno, das 12h às 16h e das 22h à meia-noite. Foi também declarada greve ao trabalho suplementar para todo o mês. A par de exigirem aumentos salariais e o fim da precariedade, os trabalhadores da Fico Cables contestam os acertos salariais discriminatórios, atribuídos através de «uma avaliação profundamente injusta e desconhecida por parte dos trabalhadores», bem como a discriminação no pagamento do subsídio de refeição, havendo dentro da própria empresa mais de um valor. «A adesão demostrada pelos trabalhadores efectivos e temporários na greve dos dias 16 e 23 de Novembro, paralisando praticamente a empresa, vem dar força a esta luta que tem como objectivo a defesa do caderno reivindicativo, contra a discriminação salarial e por aumentos salariais justos», lê-se na nota de imprensa. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Trabalhadores da Fico Cables intensificam contestação com novas greves
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E se a empresa se continua a recusar a sentar à mesa, os trabalhadores da Fico Cables, empresa integrada no grupo multinacional Ficosa, têm boa solução: intensificam a luta.
Amanhã, dia 31 de Março, os trabalhadores nesta unidade fabril da Maia, no Porto, que produz componentes e acessórios para veículos automóveis, vão realizar 2h de greve por turno, realizando ainda uma concentração entre as 12h e as 16h, à porta da fábrica.
É que ali ninguém desarma. A acção reivindicativa só se vai intensificar a partir deste momento, tendo já sido emitido «um pré-aviso de greve a todo o trabalho extraordinário até ao final do mês de Abril».
Os trabalhadores da Fico Cables exigem «aumentos salariais dignos e justos», sem que ninguém receba aumentos inferiores a 100 euros, a actualização do subsídio de refeição, o fim da avaliação por desempenho e a atribuição de um dia de folga no aniversário, algo com que a empresa já se tinha comprometido e nunca cumpriu.
Fica uma garantia. Se a administração da empresa não aceitar «uma verdadeira negociação do Caderno Reivindicativo», marcando uma reunião com o SITE Norte e a Comissão Sindical «no mais curto espaço de tempo», será marcada uma reunião plenária dos trabalhadores, «para analisar
e aprovar outras formas de luta».
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