A greve dos condutores das composições da Metro do Porto deixou hoje deserta uma das principais estações da linha de Gondomar, ao mesmo tempo que o trânsito rodoviário em seu redor aumentou.
Na estação da Levada, em Rio Tinto, a última da linha de Gondomdar antes de as composições entrarem no Porto e que é diariamente muito requisitada, apenas o aviso de greve dava sinal de que algo estava a acontecer.
De igual forma estão as restantes linhas, de acordo com a empresa, que, em declarações à Lusa, afirmou que todas estão encerradas, perante a inexistência de serviços mínimos. Em 16 anos de existência, esta é a primeira vez que a operação da Metro do Porto pára devido a uma greve.
A greve dos agentes de condução da Metro do Porto iniciou-se à meia-noite de hoje e vai durar até às 6h de terça-feira, convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN).
Segundo Rui Pedro Pinto, do Sindicato Nacional dos Maquinistas, «não há, no momento, nenhuma reunião agendada para retomar as negociações com a administração», pelo que se mantêm a previsão de greve total nos dias 17 e 31 de Dezembro, bem como a greve ao «trabalho extraordinário» até 6 de Janeiro.
Num grande leque reivindicativo, os trabalhadores exigem a redução do horário de trabalho, o aumento geral do número de efectivos, o cumprimento dos planos de férias previstos na lei e a actualização da tabela salarial com efeitos retroactivos a Abril de 2018.
Outras exigências passam pela elaboração de uma nova escala de serviços para agentes de condução, a melhoria das condições de trabalho de forma a prevenir doenças profissionais, a aceitação da proposta sindical para o período de trabalho contínuo e a requalificação dos trabalhadores noutras categorias profissionais proporcionadas por impedimento temporário ou permanente.
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