As paralisações de hoje foram convocadas pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), perante os vários problemas sem resposta das administrações do Centro Hospitalar da Cova da Beira e do Hospital Distrital da Figueira da Foz.
Conceição Rodrigues, dirigente do SEP, afirmou à Lusa que, dos 23 serviços do Hospital da Covilhã, «14 estão com 100% de adesão» e que «em todos estes serviços estão a ser assegurados os cuidados mínimos».
«O Hospital do Fundão está com 100% de adesão, só os cuidados mínimos estão a ser assegurados», afirmou. Na Covilhã, ronda os 80,76%, com uma adesão de «100% na urgência geral, de 90% no bloco operatório e de 63% na consulta externa», salientou Conceição Rodrigues.
Segundo a dirigente, a adesão à greve «é reveladora do estado de exaustão e de desespero dos enfermeiros» que prestam serviço no Centro Hospitalar da Cova da Beira. No total, estão em falta «pelo menos cem» profissionais.
Os enfermeiros reivindicam a progressão na carreira, o pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros especialistas, a contratação de mais profissionais, a aplicação efectiva das 35 horas semanais e o pagamento das horas, folgas e feriados em dívida, entre outras.
Greve contra «o silêncio absoluto»
Já no Hospital Distrital da Figueira da Foz, em declarações aos jornalistas, Pedro Loureiro, dirigente do SEP, afirmou que adesão à greve foi também «bastante elevada».
De acordo com o dirigente, a adesão em serviços como os internamentos e o bloco operatório foi de 80 e 100%, respectivamente, com a ressalva de que os serviços mínimos estão a ser cumpridos, como foi o caso de uma cirurgia de oncologia. Em termos globais, a adesão ronda os 66%.
Com reivindicações semelhantes, os enfermeiros da Figueira da Foz acusam a administração do hospital de responder com «silêncio absoluto» perante «os inúmeros problemas com que há muito se confrontam», com três pedidos de reunião sem resposta até ao momento.
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