A adesão ao protesto oscila entre os 81%, no Hospital de São José, e os 58% no Hospital de Santa Marta, com números a rondar os 70% nas restantes unidades do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Maternidade Alfredo da Costa, Capuchos e Curry Cabral –, segundo fonte do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), que convocou a greve.
Em causa está «a correcta progressão na carreira», aponta a estrutura, que exige que, face à imposição do Governo de transformar os anos de serviço em pontos, sejam considerados 1,5 pontos por cada ano entre 2004 e 2014 e dois pontos relativamente aos anos de 2015 e 2016.
Os enfermeiros não aceitam, ainda, que os profissionais sejam discriminados na sua progressão na carreira em virtude do vínculo laboral, nomeadamente nos casos em que têm contratos de trabalho individual.
Os profissionais que foram alvo de reposicionamento salarial, fruto da alteração do salário de entrada na profissão, exigem igualmente que sejam contabilizados os seus pontos, já que, apesar da mudança no salário, não beneficiaram de qualquer progressão na carreira.
O sindicato denuncia que há «milhares de enfermeiros que ainda não progrediram», e que «muitos, de acordo com a interpretação do Governo, poderão não progredir, apesar de já exercerem funções há 15 anos». O descongelamento das progressões nas carreiras, de acordo com o Orçamento do Estado para 2018, entrou em vigor a 1 de Janeiro e, ainda que a sua concretização ser faseada, os trabalhadores do sector público deveriam receber 25% do efeito nos salários logo nesse mês.
O SEP tem agendadas greves com o mesmo objectivo até ao final do mês. As próximas acções estão convocadas para o Hospital do Espírito Santo (Évora), amanhã, e para o Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, na sexta-feira.
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