A greve nacional de 24 horas foi anunciada no início de Abril para reivindicar aumentos salariais, o pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores da Função Pública.
O regime das 35 horas foi reposto em Julho de 2016, deixando de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais do sector empresarial do Estado.
«As expectativas são elevadas porque os trabalhadores não se sentem bem. Creio que vai ser uma grande greve, um ponto alto de luta. O Governo vai reparar nisso e vai ter que negociar com os sindicatos outras condições que não estas que temos atualmente», disse a dirigente Ana Avoila, em declarações à Lusa.
A paralisação abrange toda a administração directa do Estado (ministérios e serviços públicos). «Os sinais que vêm é que vai haver muitos serviços parados e, portanto, vamos esperar para ver», disse Ana Avoila.
A última greve nacional convocada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais com vista à reposição das 35 horas semanais realizou-se em Janeiro do ano passado e teve, segundo a estrutura, uma adesão média entre 70% a 80%, incluindo os hospitais.
A 18 de Novembro do ano passado, os funcionários públicos manifestaram-se junto à Assembleia da República, em Lisboa, para reivindicar alterações na proposta de Orçamento do Estado, no sentido de aumentar os salários do sector e descongelar as carreiras.
A manifestação foi promovida pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, tendo sido acompanhada por pré-avisos de greve de diversos sindicatos para salvaguardar o direito dos trabalhadores a participarem no protesto.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui