A greve, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab), envolveu 60 trabalhadores. Tendo em conta o contexto de insegurança e instabilidade, de precariedade e de baixos salários que enfrentam, prevê-se que a luta se intensifique nos próximos tempos.
De acordo com o Sintab, a Sorgal, que produz alimentos destinados a bovinos de leite e carne, aves, animais domésticos, entre outros, já foi considerada uma empresa de vanguarda em termos de remunerações e condições de trabalho, mas isso choca frontalmente com a realidade actual - a que não será alheia a aquisição do grupo industrial por uma sociedade offshore, numa OPA hostil.
Desde a mudança de gerência, o clima tem-se deteriorado, havendo inclusivamente relatos de violência psicológica intencional e repetida (bullying) sobre os trabalhadores. Para além deste «desgaste», o sindicato denuncia que os salários da grande maioria dos trabalhadores se encontram congelados há cerca de 10 anos, sendo-lhes atribuído o vencimento mínimo contratual ou o salário mínimo.
Este facto é difícil de entender à luz dos excelentes resultados financeiros apresentados pela empresa, afirma o Sintab, que denuncia a enorme discrepância entre as condições salariais, de trabalho e contratuais dos altos quadros e as dos restantes trabalhadores da empresa.
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