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Greve nas cantinas teve forte adesão em todo o País

Os trabalhadores dos refeitórios e bares de escolas e hospitais concessionados paralisaram, esta sexta-feira, serviços em todo o território nacional e estiveram concentrados em Lisboa.

Greve e concentração dos trabalhadores das cantinas. Porto, 19 de Março de 2018
CréditosMANUEL FERNANDO ARAÚJO / Agência Lusa

A acção de luta, convocada pela Federação dos Sindicatos da Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN), contou com reivindicações como a contratação de pessoal, aumentos salariais, redução de horário e o fim da precariedade no sector.

O dirigente sindical, Francisco Figueiredo, em declarações à SIC, explicou que «há falta de trabalhadores» e que os funcionários «são obrigados a ritmos de trabalho muito intensos». Ao que acresce que «a [Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] DGEstE não fiscaliza os cadernos de encargos» das concessões às empresas privadas, que não os cumprem.

Os trabalhadores lutam também por aumentos salariais e por melhores condições de trabalho, uma vez que chegam a «não ter luvas, calçado, ou batas» para trabalhar.

Centenas de trabalhadores estiveram ainda concentrados em junto à sede da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEsTE), e em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.

Os dados de adesão, que a Fesaht facultou a pedido do AbrilAbril, revelam uma forte expressão desta acção de luta. Na região centro, em 80% dos refeitórios escolares, os seus trabalhadores aderiram em greve.

No norte do País, as adesões rondaram os 90% em cantinas escolares e funcionaram apenas os serviços mínimos num número significativo de hospitais.

No distrito de Lisboa várias instituições do ensino superior tiveram os seus serviços encerrados tais como o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, a Escola Superior de Saúde, a Escola Superior de Educação, o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa e a Escola Superior de Teatro e Cinema da Amadora.

Regista-se ainda adesão à greve dos trabalhadores dos hospitais do Barreiro, de Setúbal e de Santa Cruz, em Lisboa. Várias escolas básicas do distrito de Setúbal e na região do Algarve, assim como nos hospitais de Viseu, Covilhã, Leiria, e Rovisco Pais, em Coimbra, tiveram uma boa adesão à greve.

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