O Sindicato da Hotelaria do Sul (SHS) e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), ambos filiados na CGTP-IN, denunciam a intenção da Sociedade Gestora do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HCVP) de denunciar o acordo de empresa em vigor e substituí-lo por «uma proposta minimalista e, em muitos aspectos, inferior à legislação laboral».
A greve agendada para amanhã, quinta-feira, com início às 23h de hoje, sucede-se a «cerca de duas dezenas de reuniões de negociação», mantidas entre os sindicatos e o HCVP, em que os representantes dos trabalhadores apresentaram reformulações à proposta por três vezes, a última das quais a 28 de Abril. Na última reunião, a 24 de Maio, o HCVP quis «negociar tudo de novo», não dando qualquer resposta à proposta apresentada.
Os trabalhadores da unidade hospitalar da Cruz Vermelha não têm aumentos salariais há seis anos e, de acordo com um comunicado conjunto do SHS e do SEP, não «vislumbram» que o HCVP tenha intenções para negociar ainda este ano. A isto, referem, acresce o facto de o HCVP «recorrer a trabalhadores precários, através de empresas de subcontratação e de falsos recibos verdes, para ocuparem postos de trabalho permanentes».
Entre os motivos da greve de amanhã, conta-se ainda a reivindicação de um horário de trabalho de 35 horas semanais.
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