Ao todo foram três dias de greves parciais nesta semana (18, 20, 22 de Março), de uma hora por turno, no âmbito dos protestos convocados pelos trabalhadores, que decidiram em plenário avançar com paralisações alternadas até 29 de Março.
A decisão foi justificada com a «intransigência da direcção da Hanon, em Palmela, em não querer negociar o caderno reivindicativo apresentado pelo Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN)», que é a principal estrutura representativa dos operários da fábrica.
Paula Sobral, dirigente do SIESI, afirmou ao AbrilAbril que a adesão às greves, tal como no primeiro dia, foi «muito boa», tendo destacado a elevada participação dos trabalhadores na concentração realizada na tarde de quarta-feira, que, das 16h às 18h, parou a produção na fábrica.
Entre as reivindicações, os trabalhadores da Hanon exigem aumentos salariais de 50 euros, o fim das discriminações salariais relativas às diuturnidades, a inclusão do tempo de refeição no período efectivo de trabalho, a reposição dos direitos relativos ao pagamento dos tempos relacionados com consultas médicas e a uniformização dos turnos.
Sobre esta última reivindicação, Paula Sobral explicou que, de momento, «o quarto turno, que labora da 1h às 8h, apenas faz seis horas e meia», o que significa que «estes trabalhadores nem 600 euros levam para casa, apesar de ser o turno da noite, um dos mais penosos». Nesse sentido, exigem que seja «pago como oito horas».
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