Calcula o periódico que os trabalhadores por conta de outrem realizaram no ano passado, em média, mais de dois milhões e meio de horas extraordinárias não remuneradas por semana, representando um aumento de 13% face a 2017.
Segundo a análise, «poderiam, em teoria, ser criados mais 64 mil empregos a tempo inteiro (40 horas por semana) para ocupar essas horas extraordinárias».
Contas feitas, foram mais de 576 mil trabalhadores a realizar horas extraordinárias em 2018, o que corresponde a 14,2% de todos os trabalhadores por conta de outrem. «Em termos absolutos é o valor mais elevado desde o início da série em 2011, mas em proporção os anos de 2014 e 2017 estão à frente com 14,5% dos empregados a fazerem horas extra», revela o diário.
O ano de 2018 fica marcado por ser «o primeiro da série em que mais de metade das horas extraordinárias foram pagas», sendo 2012 o «pior ano de todos», em que mais de 60% das horas extra realizadas não foram pagas.
Apesar de ainda não ter sido publicado o índice de Custo do Trabalho para 2018, que permitirá calcular a poupança para as empresas, admite-se que o valor possa rondar «as dezenas de milhões de euros».
O Dinheiro Vivo nota ainda que a média de horas extra não se alterou muito ao longo dos últimos sete anos, oscilando entre oito e nove horas por semana, tendo-se verificado uma descida para oito horas semanais, entre 2015 e 2017.
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