Em nota de imprensa, enviada hoje à agência Lusa, o Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa (STBB/CGTP-IN) anunciou que a Confecções Lanifato, sediada em Belmonte, aceitou as condições da trabalhadora, que acusava a empresa de a ter despedido por ter denunciado as más condições de trabalho.
A trabalhadora em causa, afastada em Março, sempre considerou que este foi ilegal, «um claro despedimento enquanto retaliação patronal contra a actividade sindical», pelo que, com o apoio do sindicato, foi «intentada a normal e respectiva acção judicial no Tribunal de Trabalho».
Segundo o comunicado, o início do julgamento estava marcado para dia 27 de Junho, sendo que nesse dia foi proposto um acordo à antiga delegada sindical, que acabou por ser feito, mas mediante as condições da trabalhadora.
«Dado que a trabalhadora já tinha informado que não voltaria para a empresa, uma vez que decidiu proceder a alterações na sua vida profissional, a mesma aceitou ouvir a proposta da empresa, tendo deixado claro que qualquer acordo teria de passar pelo reconhecimento da ilicitude do despedimento por parte da empresa e o pagamento da indemnização. Após algum tempo de discussão, a empresa aceitou integralmente a posição da trabalhadora, propondo apenas que o pagamento da indemnização fosse efetuado em 12 prestações, prazo que a trabalhadora aceitou», é referido.
Desta maneira, o STBB considera que «com este acordo ficou provado que a empresa despediu ilicitamente a trabalhadora e que tinha razão quando denunciou que os argumentos invocados para o despedimento eram totalmente desprovidos de fundamento».
«Este desfecho é muito importante para o movimento sindical e é-o ainda mais para as trabalhadoras da Lanifato, que assim podem ganhar esperança e confiança na luta que travam pela sua dignidade de trabalhadoras», acrescenta.
Realçando também o apoio político manifestado pelos grupos parlamentares do PCP e do BE, o STBB garante que não deixará de estar presente na empresa e que se encontra em curso, com boas perspetivas de êxito, o processo que levará à eleição de novas delegadas que substituam a trabalhadora despedida.
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