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Empresa é novamente acusada de repressão

Lanifato despede delegada sindical

O despedimento foi anunciado pelo Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa, que denuncia ser uma retaliação da Confecções Lanifato, de Belmonte, contra a trabalhadora, pela sua actividade como delegada sindical na empresa.

A fábrica têxtil da Confecções Lanifato tem cerca de 200 trabalhadores
Créditos / Jornal do Fundão

Em comunicado, o Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa (CGTP-IN) afirma que o despedimento anunciado vem confirmar as denúncias avançadas nos últimos meses relativas à prática de repressão patronal. O controlo das idas à casa de banho e o não pagamento do trabalho extraordinário são alguns exemplos.

A empresa, com um historial de más práticas laborais, é acusada de ter «inventado um conjunto de falsidades» e coagido testemunhas, através de «ameaças e chantagens», de forma a justificar o afastamento da trabalhadora.

O sindicato afirma tratar-se um claro despedimento enquanto retaliação patronal contra a actividade sindical, até porque «ainda antes da instauração do processo disciplinar, uma emissária da empresa (que se presta a este serviço sujo e degradante) nos contactou para negociarmos a saída da delegada sindical da empresa».

Em resposta, o sindicato reitera que não deixará passar o despedimento, estando disposto a recorrer a todos os meios, nem deixará as trabalhadoras à sua sorte perante a «desumanidade da gerência da empresa». 

«Da Autoridade para as Condições do Trabalho, que já nos notificou por escrito dizendo que há índicos, esperamos que dê andamento e urgência ao processo», acrescentou. É garantido ainda que vai exigir de outras instituições governamentais uma resposta dura, tais como a suspensão dos apoios à empresa.

Está marcada para 22 de Março, junto às instalações da empresa, uma acção de solidariedade contra o despedimento ilegal, com a participação do secretário-geral da CGTP-IN.

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