Em comunicado, o Sindicato dos Têxteis da Beira Baixa (CGTP-IN) afirma que o despedimento anunciado vem confirmar as denúncias avançadas nos últimos meses relativas à prática de repressão patronal. O controlo das idas à casa de banho e o não pagamento do trabalho extraordinário são alguns exemplos.
A empresa, com um historial de más práticas laborais, é acusada de ter «inventado um conjunto de falsidades» e coagido testemunhas, através de «ameaças e chantagens», de forma a justificar o afastamento da trabalhadora.
O sindicato afirma tratar-se um claro despedimento enquanto retaliação patronal contra a actividade sindical, até porque «ainda antes da instauração do processo disciplinar, uma emissária da empresa (que se presta a este serviço sujo e degradante) nos contactou para negociarmos a saída da delegada sindical da empresa».
Em resposta, o sindicato reitera que não deixará passar o despedimento, estando disposto a recorrer a todos os meios, nem deixará as trabalhadoras à sua sorte perante a «desumanidade da gerência da empresa».
«Da Autoridade para as Condições do Trabalho, que já nos notificou por escrito dizendo que há índicos, esperamos que dê andamento e urgência ao processo», acrescentou. É garantido ainda que vai exigir de outras instituições governamentais uma resposta dura, tais como a suspensão dos apoios à empresa.
Está marcada para 22 de Março, junto às instalações da empresa, uma acção de solidariedade contra o despedimento ilegal, com a participação do secretário-geral da CGTP-IN.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui