A situação é relatada num comunicado do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS/FNAM), naquilo que classifica como «clima de intimidação no ACES Almada-Seixal», na sequência de diversos casos de má conduta.
Em causa está uma situação em que vários profissionais de uma unidade da instituição «foram coagidos a subscrever um abaixo-assinado, já preenchido com os seus nomes», cujo texto era «de louvor e apoio ao Director Executivo do próprio ACES». Caso discordassem com o teor, «em vez de não assinar, tinham de rasurar o próprio nome», salienta o sindicato.
«O abaixo-assinado é um meio legítimo de angariação de apoios para as mais variadas causas, desde que a assinatura seja voluntária e consciente. No entanto, este abaixo-assinado "pré-fabricado" é utilizado para pressionar e intimar os trabalhadores do ACES Almada-Seixal», lê-se no comunicado.
Segundo o SMZS, foi a própria direcção a «convidar» os coordenadores a elaborar o documento de apoio, em resposta a um outro caso, que também foi denunciado pelo sindicato em Setembro. Este refere ainda que já apresentou uma queixa-crime no Ministério Público, por uso ilegal de dados privados do SMZS e intimidação de um dirigente sindical.
«Perante a recorrência de comportamentos anti-democráticos e a implementação de um clima de intimidação e de assédio», a estrutura sindical exige ao ministro da Saúde a «imediata substituição deste nomeado político».
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