|Minas da Panasqueira

Mineiros vão «intensificar» a luta

Os mineiros da Panasqueira anunciaram que vão cumprir um novo período de greve por aumentos salariais superiores à proposta da empresa, estando actualmente em curso uma paralisação de duas horas diárias.

Créditos / JNP - U. Porto

Em comunicado enviado às redacções, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN) explica que os trabalhadores decidiram «intensificar a luta», face «à ausência de respostas» da administração da empresa.

O pré-aviso de greve foi apresentado para o período entre entre 24 de Maio e 12 de Junho, com a paralisação de duas horas diárias, bem como de todo o trabalho suplementar.

A greve que está neste momento em curso (começou a 26 de Abril e prolonga-se até dia 8 de Maio) também decorre nos mesmos moldes.

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Greve nas Minas da Panasqueira com adesão quase total

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira anunciou uma adesão «quase total» à greve por aumentos salariais nas Minas da Panasqueira.

CréditosAntónio José / Lusa

«Tivemos adesão quase total. No primeiro turno, além dos encarregados, apenas entraram três pessoas na mina e mais três pessoas na lavaria. Já no segundo turno, a adesão foi de 100%, quer dentro da mina, quer na lavaria», afirmou, em declarações à Lusa, Luís Paulo Mendes, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM/CGTP-IN).

A greve de duas horas diárias começou esta segunda-feira e prolonga-se até ao dia 8 de Maio, abrangendo também o trabalho suplementar.

Os mineiros exigem aumentos salariais de 50 euros por cada trabalhador, enquanto a Beralt Tin and Wolfram Portugal (empresa que detém a exploração das minas e que é propriedade do grupo canadiano Almonty) começou por oferecer 0,5% no salário base, tendo depois subido para 0,75%, acrescido de outros aumentos nos subsídios.

Realizada na última semana durante uma reunião com mediação da Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), a proposta da empresa foi rejeitada pela estrutura sindical, que lembra que a empresa pretende fazer outros investimento e que «dinheiro é coisa que não falta».

«A adesão mostra bem o descontentamento destes trabalhadores, que têm condições de trabalho duríssimas e que não vêem o seu esforço reconhecido», afirmou Manuel Bravo, dirigente da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Elétricas (Fiequimetal/CGTP-IN), que esteve no local a acompanhar o primeiro dia de greve.

Rejeitando a acusação de intransigência que a empresa dirige ao STIM, Manuel Bravo vincou que tem a indicação é de que a greve «continuará a ser massiva» e que será mantida enquanto a empresa não responder «às justas reivindicações» dos mineiros.

As Minas da Panasqueira são a única exploração de extracção de volfrâmio a laborar em Portugal e empregam cerca de 250 trabalhadores, essencialmente oriundos dos concelhos da Covilhã e Fundão, no distrito de Castelo Branco.


Com agência Lusa

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Os mineiros exigem aumentos salariais de 50 euros para todos, enquanto a Beralt Tin and Wolfram Portugal (empresa que detém a exploração das minas e que é propriedade do grupo canadiano Almonty) começou por oferecer 0,5% no salário base, tendo depois subido para 0,75%, acrescido de outros aumentos nos subsídios.

Numa reunião que contou com a mediação da Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), a proposta da empresa foi rejeitada pela estrutura sindical, que avançou para a greve.

As Minas da Panasqueira são a única exploração de extracção de volfrâmio a laborar em Portugal e empregam cerca de 250 trabalhadores, essencialmente oriundos dos concelhos da Covilhã e Fundão, no distrito de Castelo Branco.


Com agência Lusa

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