Os plenários foram convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores e Cortiças do Sul e Regiões Autónomas (CGTP-IN).
Em declarações ao AbrilAbril, Rui Aldeano, coordenador da União de Sindicatos de Santarém, explicou que, dos três plenários planeados, apenas dois foram realizados pois a empresa impediu um e tentou fazer o mesmo ao plenário da tarde, que contava com a presença do secretário-geral da CGTP-IN.
«Não conseguiram porque os trabalhadores insistiram e forçaram a barra», reiterou o dirigente, tendo afirmado que o sindicato vai apresentar queixa junto da Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT).
Os trabalhadores da unidade industrial estão contra a intenção da corticeira de aplicar em algumas áreas a laboração contínua com jornadas de 12 horas durante três dias seguidos, dando depois três de descanso.
Intenção amplamente rejeitada
Classificando o novo horário como «muito penoso», os trabalhadores decidiram avançar com uma posição colectiva, estando a recolher assinaturas, que será entregue à administração para evidenciar o descontentamento.
Entre os motivos, apontam para as «profundas consequências negativas na saúde» que implicará trabalhar mais que oito horas diárias, especialmente quando se trata de turnos contínuos sem o devido descanso.
Além disso, o horário tem «implicações gravosas na organização e concilação da sua vida pessoal e familiar», privando-os do tempo de fim-de-semana com a família, como também resultará na diminuição dos seus rendimentos pois vão deixar de receber o trabalho suplementar.
O sindicato irá remeter os protestos dos trabalhadores à administração e à ACT, acompanhados com um novo pedido de reunião urgente.
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