Alberto Mesquita, presidente do município, em declarações ao jornal O Mirante, na sua edição online do passado dia 27 de Outubro, atribui os problemas existentes na recolha de lixo a situações de doença, baixas e licenças de paternidade dos trabalhadores. Também é suscitada a questão da responsabilidade da greve dos trabalhadores da Valorsul.
E vai mais longe. Propõe aos presentes na Reunião de Câmara «a reflexão sobre até que ponto não será vantajoso entregar o serviço a empresas privadas, ao invés de serem os serviços municipalizados a tratar do assunto», afirmando, segundo o artigo, que «com as empresas privadas os funcionários raramente faltam e as viaturas de recolha estão sempre disponíveis».
«O STAL considera que é importante reflectir, não sobre a entrega da recolha de lixo a privados, mas sobre as políticas de recursos humanos que têm vindo a ser seguidas e na melhoria das condições de trabalho»
O STAL, na carta aberta enviada, lamenta estas palavras. O sindicato acusa os vários executivos municipais eleitos pelo PS, afirmando que «teimaram em desinvestir, deixando que um sector tão importante para a população como é o da recolha de resíduos se fosse degradando, quer em número de trabalhadores, quer em equipamento necessário à função».
Sublinha ainda desconhecer «algum estudo que permita a V. Exa. afirmar que no sector privado os trabalhadores raramente faltem, pois é nosso entendimento que baixas ou atestados por doença e licenças de paternidade estão legisladas para todos os trabalhadores». E deixa uma questão ao presidente: «estará o senhor a dizer que os trabalhadores do Município que V. Exa. dirige mentem ou quer dizer que defende que se trabalhe sem direitos?».
O STAL considera que é importante reflectir, não sobre a entrega da recolha de lixo a privados, mas sobre as políticas de recursos humanos que têm vindo a ser seguidas e na melhoria das condições de trabalho.
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