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Respect, mas pouco

A Auchan lançou em 2024 a Auchan Respect, para «reforçar a proposta de valor para os atuais e futuros colaboradores», mas a realidade mostra uma situação muito diferente, em que o «respect» ficou na gaveta.

Créditos / Agência Lusa

A Respect, apostando no «bem-estar físico e mental», «crescimento», «espírito de proximidade e abertura» e «autonomia e responsabilidade» dos seus trabalhadores, surge devido à necessidade de garantir o «aumento da atractividade» junto dos potenciais candidatos, indo ao encontro de perfis que se «revejam na cultura da empresa», assim como fidelizar «os actuais colaboradores, aumentando o seu orgulho pelo sentimento de pertença».

Em comunicado a Auchan referiu que a «escolha do nome “Auchan Respect” não foi ao acaso e veio na sequência de um profundo trabalho de diagnóstico e mapeamento de toda a jornada do colaborador – um projeto com a duração de vários meses, onde num dos questionários implementados a mais de 500 colaboradores, o respeito surge como a dimensão mais reconhecida».

Entretanto, após meses sem respostas da empresa, os trabalhadores da Auchan avançaram com uma greve de 24 horas, isto porque têm os salários mais baixos do sector. Um dirigente sindical do CESP referiu que a empresa, que recentemente adquiriu a cadeia Mini-Preço, mexeu «com o apoio médico, o cartão de refeição e os salários», acrescentando que os trabalhadores tinham «uma tabela que protegia os ordenados e as carreiras, mas também cortaram isso».

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