«Os trabalhadores já deram tempo demais à administração e até desmarcaram uma greve», recorda a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel,Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN). Em troca, não receberam mais do que uma «mão cheia de nada».
No comunicado enviado pela federação ao AbrilAbril, é denunciada a estratégia da Euroresinas, parte do grupo Sonae Arauco, que há mais de um ano arrasta as negociações, prometendo sempre a eventual resolução dos problemas apontados pelos trabalhadores mas nunca cumprindo com a sua palavra.
A direcção da Euroresinas, em Sines, não renovou o lay-off e aceitou negociar o pagamento na íntegra dos salários de Maio e a reposição dos dias de férias roubados, anunciou o SITE Sul. Num plenário, realizado dia 4 de Junho, os trabalhadores decidiram não avançar para a greve, devido ao recuo da empresa do grupo Sonae Arauco relativamente ao prolongamento do lay-off com cortes salariais. Na negociação do caderno reivindicativo, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) vai apresentar propostas para encontrar uma solução no que respeita ao corte dos salários que aconteceu no mês de Maio. Os dias de férias retirados com a promessa de que não haveria lay-off também serão discutidos nas negociações do caderno reivindicativo, refere o sindicato, para além de ser proposto o pleno gozo dos dias de férias. O SITE Sul lembrou que a unidade dos trabalhadores da Euroresinas tornou este recuo possível, designadamente a decisão de avançar para a greve caso a empresa renovasse o lay-off com cortes nos rendimentos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Travado lay-off com cortes salariais na Euroresinas
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Em cima da mesa está o «aumento dos salários, a progressão na carreira, a eliminação da precariedade na fábrica, a exigência de um seguro de saúde igual para todos e a atribuição de um subsídio de transporte».
Os trabalhadores decidiram avançar para este processo de luta num plenário realizado a 22 de Outubro. As portas para iniciar novo processo negocial continuam abertas, desde que este gire em torno de propostas concretas e não de generalidades, como tem sido apanágio.
A greve terá lugar entre as 0h do dia 3 de Novembro e as 8h de 12 de Novembro. Os trabalhadores reúnem-se amanhã, pelas 8h, à porta da fábrica na Plataforma Industrial de Sines.
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