|greve

Greve na Euroresinas arranca com 90% de adesão

A produção na Euroresinas, empresa do grupo Sonae-Arauco, está parada em Sines. A greve começou hoje e vai continuar até ao dia 11 de Novembro, se não for dada resposta às exigências dos trabalhadores.

Trabalhadores da fábrica de Sines da Euroresinas, que pertence ao Grupo Sonae Arauco, realizaram hoje uma concentração para assinalar a greve que parou a produção e que se vai estender até ao dia 12. Sines, 4 de Novembro de 2021
Trabalhadores da fábrica de Sines da Euroresinas, que pertence ao Grupo Sonae Arauco, realizaram uma concentração para assinalar a greve que parou a produção e que se vai estender até ao dia 12. Sines, 4 de Novembro de 2021Créditos/ FiequimetalCréditos / Fiequimetal

São apenas três os motivos que levam os trabalhadores da Euroresinas, empresa de Sines, a avançar com a greve que teve início hoje, 27 de Outubro, e que se prolongará até ao dia 11 de Novembro. Contudo, estes três motivos são de enorme relevância para a vida destes profissionais.

|

Produção parada na Euroresinas por 50 cêntimos

Os trabalhadores desta empresa do grupo Sonae cumprem hoje o primeiro de dez dias de greve por aumentos salariais. Rejeitam a proposta da administração, de 83 cêntimos por dia, e exigem, no mínimo, 1,30€. 

Euroresinas - Indústrias Químicas, S.A., do Grupo Sonae Arauco, tem sede na Plataforma Industrial De Sines 
Créditos / fiequimetal

Esta é a segunda greve no espaço de poucos meses, porque na Euroresinas «nada se alcança sem lutar», afiança Jorge Magrinho, trabalhador há 20 anos da Euroresinas – Indústrias Químicas, em Sines, em declarações ao AbrilAbril.

«Em Novembro, queixaram-se que a greve tinha gerado milhares de prejuízos. Então, preferem ter prejuízos a acrescentar 50 cêntimos ao aumento dos salários?», indaga o também dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Industrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN). 

A Euroresinas, dos herdeiros de Belmiro de Azevedo, propõe um aumento de 25 euros mensais, ou seja, 83 cêntimos por dia. Os trabalhadores, que têm vindo a perder poder de compra, não aceitam menos de 40 euros de aumento, que é o valor da subida do salário mínimo nacional, ou seja, cerca de mais 1,30 euro diário.

|

Travado lay-off com cortes salariais na Euroresinas

A direcção da Euroresinas, em Sines, não renovou o lay-off e aceitou negociar o pagamento na íntegra dos salários de Maio e a reposição dos dias de férias roubados, anunciou o SITE Sul.

Num plenário, realizado dia 4 de Junho, os trabalhadores decidiram não avançar para a greve, devido ao recuo da empresa do grupo Sonae Arauco relativamente ao prolongamento do lay-off com cortes salariais.

Na negociação do caderno reivindicativo, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) vai apresentar propostas para encontrar uma solução no que respeita ao corte dos salários que aconteceu no mês de Maio.

Os dias de férias retirados com a promessa de que não haveria lay-off também serão discutidos nas negociações do caderno reivindicativo, refere o sindicato, para além de ser proposto o pleno gozo dos dias de férias.

O SITE Sul lembrou que a unidade dos trabalhadores da Euroresinas tornou este recuo possível, designadamente a decisão de avançar para a greve caso a empresa renovasse o lay-off com cortes nos rendimentos.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

«A empresa tem todas as condições para o fazer», admite Jorge Magrinho. «Então, se as pequenas e médias empresas suportam um aumento de 40 euros, a Euroresinas, que movimenta milhões e milhões de euros, não consegue?», reforça. 

Entre as matérias que constam do caderno reivindicativo, encabeçado pela exigência do aumento dos salários em 90 euros, está a redução do horário de trabalho, de 38 para 35 horas, o aumento do subsídio de transporte e o fim da discriminação no seguro de saúde, em que o dos trabalhadores é inferior ao das chefias.  

A greve que hoje se iniciou, paralisando a produção, decorre até 13 de Janeiro. Se as reivindicações dos trabalhadores não forem atendidas, Jorge Magrinho afirma que o remédio é avançar com outras formas de luta, seguindo a tradição das duas últimas décadas. «Nós não queremos fazer greve, mas a empresa força-nos a isso», regista o dirigente sindical, lembrando conquistas alcançadas, como a lavagem da roupa contaminada na lavandaria da empresa, ou, mais recentemente, o fim do trabalho com vínculos precários. 

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Os objectivos desta acção de luta são explanados num comunicado da União dos Sindicatos de Setúbal (USS/CGTP-IN), a que o AbrilAbril teve acesso. Os trabalhadores querem um «ajuste da grelha salarial», para que possam ter uma progressão de carreira mais rápida, «através de aumentos justos nos níveis salariais, ao invés da situação actual».

»Todos os trabalhadores com antiguidade igual ou superior a 10 anos têm de ser integrados no nível 13 da grelha. As categorias profissionais a jusante, e a montante, do nível 13 tem de ter esse mesmo ajuste».

Os trabalhadores exigem também, da Euroresinas (empresa do grupo Sonae, que teve lucros de 118 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2022) o aumento extraordinário dos salários e um aumento de 40 euros mensais no prémio de assiduidade, assim como a atribuição dos prémios de forma igual para todos os trabalhadores, em todos os sectores.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui