Segundo um comunicado divulgado após as audiências, os encontros serviram para alertar os grupos parlamentares para a «necessidade de se resolver rapidamente o impacto causado na gestão diária e no funcionamento global da Agência Lusa pela contínua saída – e sucessivamente adiada substituição – de jornalistas do quadro, bem como de correspondentes das redes nacional e internacional».
De acordo com o Sindicato dos Jornalistas, «a Agência Lusa está refém de uma tutela bicéfala – Cultura e Finanças –, que se traduz em cativações burocráticas e numa persistente falta de resposta a pedidos de contratações e investimentos e resulta, em última instância, no incumprimento do contrato de serviço público».
A estrutura sindical diz temer «que a substituição da actual administração da empresa prolongue ainda mais o atraso na resposta da tutela às necessidades da agência», razão pela qual «espera que essa mudança não se traduza em qualquer impacto sobre o esperado descongelamento das carreiras, devendo este decorrer em moldes idênticos ao de qualquer outra empresa pública», com vista à garantia dos direitos.
Outro dos assuntos abordados nas audiências com os partidos foi «a situação das quatro dezenas de trabalhadores precários que sustentam as redes nacional e internacional da Agência Lusa», nota o Sindicato dos Jornalistas, considerando que é «urgente resolver» estes casos.
De acordo com a estrutura, estes trabalhadores aderiram ao programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública (PREVPAP) e aguardam resposta.
O Governo vai nomear o jornalista Nicolau Santos presidente do Conselho de Administração da Agência Lusa, substituindo Teresa Marques no cargo.
A assembleia-geral de accionistas da Lusa, na qual o Estado tem uma participação de 50,14%, seguido pelo Global Media Group (23,36%) e pela Impresa (22,35%), deverá ocorrer no final de Fevereiro, altura em que Nicolau Santos será nomeado.
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