Foi no passado dia 19 de Novembro que o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP/CGTP-IN) realizou a primeira reunião sobre o caderno reivindicativo para 2021 com a empresa que, refere a estrutura sindical num comuicado, «continua a remeter para a associação patronal a negociação dos salários, categorias dos operadores de armazém, organização do tempo de trabalho e férias».
«Vai mais longe e, à boleia da pandemia afirma existirem dificuldades acrescidas», critica o CESP. O sindicato regista que, apesar de as lojas do grupo terem mantido as portas abertas durante todo o período da pandemia, «do crescimento das vendas nas lojas e no online, e do lucro anunciado ser superior ao de 2019, a empresa alega não ter condições para aumentar «já» os salários dos trabalhadores. E que, aumentos em 2021, «só em função das avaliações».
Acrescenta que a empresa «não assume compromissos» para a resolução dos problemas que «há muito afectam» os trabalhadores, designadamente no que diz respeito aos horários de trabalho, «falta de trabalhadores para as necessidades das lojas» e «discriminações» associadas aos prémios nos armazéns e lojas.
Para o CESP «é urgente» reverter o caminho dos baixos salários e da precariedade aplicada aos que produzem a riqueza. Os «imprescindíveis» e «essenciais», mas «sempre os mesmos a pagar a factura das crises e pandemias».
Neste sentido, reforça a reivindicação por um aumento salarial de 90 euros (3 euros por dia) para todos os trabalhadores, «fazendo caminho para que o salário mais baixo na empresa atinja os 850 euros a curto prazo».
A promoção imediata e equiparação da progressão dos Operadores de Armazém a Operadores Especializados, o aumento do subsídio de alimentação, o respeito pelo direito à conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar, e o fim imediato do banco de horas grupal são outras exigências dos trabalhadores da Sonae, que reclamam o encerramento das lojas aos domingos e feriados.
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