De acordo com o Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), a fixação de uma quota de 30% de lugares de topo da carreira para estes profissionais foi um dos pontos acordados nas negociações mantidas em Julho, mas, em Agosto, a regulamentação das novas carreiras acabou por surgir com esse valor reduzido a metade.
Em declarações à Lusa, junto aos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde se concentraram, a dirigente sindical Alexandra Costa acrescentou às razões do protesto o facto de o Governo se ter comprometido a negociar matérias relacionadas com as novas carreiras de técnicos de diagnóstico e terapêutica até final de Setembro, o que ainda não aconteceu. Em causa estão questões relacionadas com a transição na carreira e as tabelas remuneratórias, referiu.
A dirigente apontou ainda um nível de adesão a rondar os 90% na cidade de Coimbra e na região Centro. De acordo com as declarações de outros responsáveis do STSS, a adesão em Lisboa e no Porto está entre os 80% e os 100%.
No pré-aviso de greve, que dura até ao final desta sexta-feira, o sindicato refere também, como objectivo do protesto, a reposição da «equidade de tratamento dos profissionais de saúde, corrigindo as assimetrias constituídas».
Estes profissionais eram o único grupo de licenciados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não tem uma carreira compatível com o seu nível de qualificação e continuam a receber um salário-base abaixo dos restantes licenciados e técnicos superiores da Administração Pública, afirmaram os dirigentes sindicais presentes no protesto de Coimbra à Lusa.
Para além de Coimbra, os trabalhadores realizaram concentrações junto aos hospitais de São João, no Porto, Santa Maria, em Lisboa e Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui