O episódio sucedeu-se no dia 22 de Fevereiro, de acordo com uma nota divulgada esta semana pelo Sindicato de Hotelaria do Sul (CGTP-IN).
Durante a manhã, dezenas de trabalhadoras do Hotel Marriott, subcontratadas pela empresa de trabalho temporário Talenter, foram confrontadas com a imposição de um novo contratato de trabalho. Este previa uma redução significativa do seu vencimento líquido, ficando proibidas de entrar por recusarem assinar.
Em resposta, as trabalhadoras concentraram-se junto ao hotel em protesto, que contou com a presença solidária de Rita Rato, deputada do PCP na Assembleia da República. A seguir ao almoço, as trabalhadoras decidiram voltar ao serviço, após terem recebido garantias da administração do hotel que ia intervir.
Noutras situações, o Hotel Marriott «geralmente assobiava para o lado». Porém, o protesto determinado e repentino das trabalhadoras obrigou-o a rever a sua posição, afirma o sindicato, «garantindo a manutenção dos direitos e salários».
Segundo o sindicato, as várias trabalhadoras têm cinco, dez e 16 anos de casa a laborar no hotel, sempre subcontratadas pela Talenter, empresa que tem «um longo historial de irregularidades e de exploração (...), que nem os descontos legais (IRS e Segurança Social) faz correctamente».
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