Numa votação fortemente participada, dos 4975 votantes, 3145 votaram não e 1749 votaram sim. Apesar de ser menos penalizador que o anterior pré-acordo, os trabalhadores continuam a bater-se por uma proposta que não legitime a imposição do trabalho obrigatório ao sábado e salvaguarde o pagamento do trabalho extraordinário em conformidade com os valores actuais.
Em comunicado, a CT afirmou a necessidade de voltar às negociações com a administração. Os trabalhadores procuram soluções que permitam responder ao desenvolvimento da produção nesta empresa, mas de forma a que não sejam postos em causa os seus direitos.
A luta dos trabalhadores tem sido persistente desde que a administração, no passado Verão, procurou implementar a alteração do horário. Com o pretexto de dar resposta à fabricação do T-Roc, o novo veículo utilitário desportivo da Volkswagen, a administração queria que a fábrica funcionasse em 18 turnos a partir de Fevereiro e que os trabalhadores laborassem entre segunda-feira e sábado, com a obrigatoriedade de trabalhar ao sábado [dois dias de folga consecutivos apenas de três em três semanas e fins-de-semana apenas de seis em seis], durante dois anos.
A rejeição da proposta por parte dos trabalhadores foi demonstrada com a greve do dia 30 de Agosto, com uma adesão massiva, tal como em vários plenários, num abaixo-assinado, que contou com milhares de assinaturas, e no referendo realizado no dia 28 de Julho. Neste referendo, 75% dos trabalhadores rejeitaram o acordo feito com a CT (que entretanto se demitiu), que mantinha a obrigatoriedade de trabalho aos sábados.
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