No salão automóvel de Frankfurt, na Alemanha, Herbert Deiss garantiu que o construtor «não está a considerar outras opções» para a produção do T-Roc, realçando que seria «muito dispendioso alterar o local de fabrico».
«Podemos vender tantos carros (T-ROC) quantos Portugal puder produzir», acrescentou o dirigente, notando os planos de descontinuar a produção de veículos menos atractivos.
A afirmação do CEO da VW desmente a linha de argumentação que surgiu, nomeadamente por parte da administração, no decorrer do conflito laboral e da posição assumida pelos trabalhadores de rejeição do agravamento do horário de trabalho. A proposta de horário da empresa obrigaria, durante dois anos, os trabalhadores a laborar entre segunda-feira e sábado, com três turnos diários, o que significaria que apenas teriam dois dias de folga consecutivos quando a folga rotativa fosse ao sábado ou à segunda-feira.
No dia 9 de Setembro realizou-se uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN), a Fiequimetal/CGTP-IN e a administração da Autoeuropa sobre a proposta de horário apresentado pela empresa, onde, segundo o sindicato, a empresa «admitiu alterar a sua posição».
Num comunicado lançado após a reunião, o SITE-Sul lembra que o modelo de horário apresentado pela empresa «já foi rejeitado em quatro plenários realizados, na recolha de 1600 assinaturas e na forte participação dos trabalhadores na greve realizada no passado dia 30».
A Comissão Sindical do SITE-Sul «entende que estão criadas as condições para o diálogo», estando marcada para esta quinta-feira, 14 de Setembro, durante a manhã, uma segunda reunião com representantes da administração da fábrica de Palmela da Volkswagen.
Com Agência Lusa
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