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Trabalhadores da limpeza industrial em greve nacional

Os trabalhadores da limpeza industrial cumprem esta sexta-feira uma greve de 24 horas, em defesa de aumentos salariais e dos direitos previstos no contrato colectivo de trabalho, em risco de caducar.

Créditos / Wikimedia Commons

O chamado «Dia de Luta Nacional» foi convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza e Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN), em resposta à recusa dos patrões em negociar o contrato colectivo de trabalho (CCT). A última negociação foi em 2004.

Num comunicado, o STAD afirma que a associação patronal está a recusar qualquer tentativa de negociação do CCT, inclusive na última reunião de conciliação no Ministério do Trabalho, realizada a 16 de Maio, com «a intenção expressa de o fazer caducar». Uma acção que, além de bloquear qualquer aumento dos baixos salários, implicará a perda de vários direitos.

Além de reivindicarem o fim do bloqueio à revisão do CCT, os trabalhadores exigem a fixação de um salário mínimo em 600 euros para todos e o aumento do subsídio de alimentação de 1,80 para 5 euros ao dia, ambos com efeitos retroactivos a Janeiro de 2018.

É ainda exigido o fim das violações dos direitos e das transferências abusivas de local de trabalho, além da fixação do pagamento do trabalho nocturno entre 30 a 50%, dos feriados a 100% com a respectiva folga compensatória e que a laboração contínua seja paga com um acréscimo de 16%.

A paralisação de 24 horas iniciou-se hoje à meia-noite e abrange cerca 35 mil trabalhadores, a maior parte mulheres, em mais de três mil empresas, com incidência especial nos hospitais, diversas áreas de transporte, grandes superfícies e instalações fabris.

Além da greve, está marcada esta tarde uma manifestação dos trabalhadores em Lisboa, do Parque Eduardo VII à sede da associação patronal – a Associação Portuguesa de Facility Services –, na qual participará ainda o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

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