De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Actividades Diversas (STAD/CGTP-IN), a adesão à greve dos trabalhadores da empresa Clece, que asseguram a limpeza do Hospital de São João, está acima dos 90%.
Neste último dia da paralisação, que arrancou no sábado passado, realizou-se ainda uma concentração à porta da unidade hospitalar, reunindo mais de uma centena de trabalhadores. O protesto pretendeu denunciar a postura da concessionária Clece, que recusa aumentar o subsídio de refeição, e da administração do Hospital, que não cumpriu o compromisso de que haveria um aumento em Abril.
Em declarações à TVI, Eduardo Teixeira, coordenador regional do STAD, acusou o director dos serviços do Hospital de São João de ter ordenado às auxiliares de acção médica para «irem recolher os materiais aos escritórias da Clece para fazerem o serviço em falta, à revelia das suas tarefas, violando assim o direito à greve»
O dirigente sindicato sublinhou que já requereu à Autoridade das Condições para o Trabalho (ACT) que se «desloque o mais rápido possível» ao local para tomar conta da ocorrência deste atropelo, tanto dos direitos dos trabalhadores em greve como dos restantes que estão a ser pressionados para realizar tarefas alheias.
Os trabalhadores da limpeza do Hospital de São João contestam o baixo subsídio de refeição pago pela Clece, na ordem dos 1,85 euros. Perante a recusa da empresa em aumentar o valor, Eduardo Teixeira explicou que «a administração do São João se comprometeu, por escrito, a pagar o aumento do subsídio para os 3,50 euros», a partir de Abril. Porém, «agora vêm dizer que não há nada. Deram o dito pelo não dito», denuncia.
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