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Trabalhadores da Plural Entertainment mantêm greve

Apesar de a administração do Grupo Plural Entertainment ter retomado as negociações, os trabalhadores mantêm a greve parcial convocada até dia 10, tendo rejeitado a proposta ontem apresentada.

Piquete de greve dos trabalhadores da Plural, uma das maiores produtoras de conteúdos para televisão. Os trabalhadores continuarão em greve parcial até ao dia 10, realizando apenas 8 horas de trabalho diário. O piquete de greve contou com a presença solidária de uma delegação da CGTP-IN e da União de Sindicatos de Lisboa, liderada pelo Secretário-Geral da CGTP-IN, Arménio Carlos. 5 de Dezembro de 2018, Bucelas, Loures.
As negociações com a administração do Grupo Plural Entertainment foram retomadas, mas os trabalhadores mantêm a greve, exigindo a melhoria das suas condições de trabalhoCréditos / CENA-STE

Em declarações ao AbrilAbril, Diogo Ramalho, delegado do Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE/CGTP-IN), disse que no dia 3 foram retomadas as negociações com a administração do Grupo Plural Entertainment (GPE), que apresentou uma nova proposta aos trabalhadores.

A pedido do sindicato, a proposta foi revista pela administração, mas ontem, primeiro dia da greve em que se exige a redução do período normal de trabalho, os trabalhadores rejeitaram-na.

Já hoje, o sindicato enviou uma contra-proposta à administração do GPE, revelou o sindicalista, acrescentando que «ficam a aguardar por uma resposta favorável». Até lá, mantém-se a greve parcial convocada até dia 10 de Dezembro, explicou.

Num comunicado emitido hoje, a organização sidical sublinha que as negociações estão em aberto e que encara a possibilidade de se chegar «a uma solução de acordo». Enquanto esta não se concretiza, os trabalhadores prosseguem a greve parcial, «realizando apenas 8 horas de trabalho diário».

Reconhecendo o esforço da empresa «no sentido de reduzir gradualmente o horário de trabalho» ao longo de 2019, os trabalhadores continuam a defender que as demais reivindicações «estão ainda longe de ser satisfeitas».

 

A título de exemplo, o texto refere que, no respeitante aos aumentos salariais, os trabalhadores exigem que «no imediato se faça alguma justiça relativamente aos muitos anos – mais de uma década em vários casos – em que não houve actualizações».

 

Enquanto durar a greve, os trabalhadores vão realizar um piquete à porta da empresa, todos os dias, a partir das 18h, que servirá também para dar sequência à discussão sobre as negociações em curso, explica o sindicato.

 

No piquete de ontem, em que esteve presente uma delegação da CGTP-IN e da União de Sindicatos de Lisboa, liderada pelo secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, foi sublinhado que aquilo «que está neste momento a acontecer no GPE tem de alastrar a todas as outras empresas do sector».

 

O «passo histórico» dado pelos trabalhadores do GPE em defesa da melhoria das suas condições de trabalho deve ajudar a melhorar as condições de todo o sector do Audiovisual, afirma o CENA-STE, desejando que «se negoceiem e aprovem regras aplicáveis a todas as empresas do ramo». O sindicato promete «dar passos para que essa realidade surja rapidamente».

 

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