Os trabalhadores realizaram ontem um plenário no terminal do Barreiro que levou à paralisação das ligações das 13h55 às 15h55, onde avaliaram a greve realizada no dia 23 de Março e decidiram convocar mais dois dias de greve, de duas horas por turno, em data ainda a definir, informou o Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e da Marinha Mercante, filiado na Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
Os trabalhadores continuam sem respostas sobre a homologação do pré-acordo para revisão do AE firmado com a administração no dia 27 de Dezembro e que não teve, ainda, «luz verde» do Governo, embora a sua data de vigência seja a 1 de Janeiro passado. Também continuam os problemas com a frota, que, segundo o sindicato, «causam muitas supressões e perturbações nas carreiras».
Dos nove navios que possuía, a administração vendeu um «e iria vender mais, se não tivesse sido invertida a dinâmica das privatizações», denuncia o sindicato, sublinhando que, dos restantes oito navios da frota, dois têm o certificado de navegabilidade caducado e cinco deles têm o certificado a caducar em Setembro de 2017. Os certificados dos pontões estão também prestes a expirar.
Como consequências desta situação, os representantes dos trabalhadores referem que, trabalhando com menos navios, não se consegue praticar os horários em vigor e, navegando apenas cinco navios na hora de ponta, as suas lotações podem ficar completas.
Os trabalhadores da Transtejo, empresa que faz as ligações fluviais do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão com Lisboa, também vão realizar hoje um plenário, que deve originar a paragem das carreiras fluviais durante um período da tarde. O sindicato informa que os trabalhadores desta empresa também vão analisar a greve de dois dias realizada no dia 28 de Março, sublinhando que é expectável que voltem a avançar com novas formas de luta.
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