Em declarações ao AbrilAbril, Luís Leitão, dirigente da União de Sindicatos de Setúbal (USS/CGTP-IN), explicou que o dono da empresa é proprietário de outras lavandarias e pode vir a tirar material das instalações, sem pagar aos trabalhadores pelo trabalho efectuado.
Segundo Luís Leitão, a empresa WashClean Laundries, sediada no parque da Quimigal (Barreiro), deve aos trabalhadores um conjunto de pagamentos em atraso considerável e a sua postura tem sido de pagar os salários aos «bochechos», o que mantém os trabalhadores vinculados à empresa mas «sem dinheiro e em situações difíceis».
O dirigente explica que, «ao efectuar o mesmo [150 euros a cada], os trabalhadores estão impedidos de evocar salário em atraso, quando o patrão deve vários subsídios, e o contrato não pode ser suspenso, pois foi paga uma parte do salário, ainda que mínima».
Perante os protestos, o patrão quis «passar uma declaração aos trabalhadores com o intuito de suspender o vínculo» de trabalho, a pretexto de os libertar para outras «oportunidades», o que é entendido pela USS como uma forma de pedir mais tarde a insolvência.
Em comunicado, a USS exige que o proprietário da empresa, inclusive dono de outras lavandarias, pague o que é devido aos trabalhadores e que «se comporte como deve de ser e não recorra a esquemas para prejudicar quem está em condições de vida difícil, fruto da sua má gestão».
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