A Aurora Lith foi criada em 2021 (uma parceria entre a Galp e a Northvolt, uma fabricante sueca de baterias eléctricas) com o objectivo de instalar uma refinaria de conversão de lítio em Setúbal, com capacidade para produzir anualmente até 35 mil toneladas de hidróxido de lítio, usado para a produção de baterias eléctricas.
Em Abril de 2024, a Galp anunciou o abandono do projecto, alegando, segundo informação recolhida pelo ECO, «a incompatibilidade do cronograma de execução com os prazos exigidos pelo PRR». O prazo limite de 2026, estabelecido pelo Plano de Recuperação e Resiliência, impossível de atingir para um projecto que espera o início de operações para 2028.
Enquanto procura novas fontes de financiamento e os prazos se alongam, a Galp tem, segundo comunicado da Comissão de Trabalhadores da Petrogal (CCT) enviado ao AbrilAbril, aplicado «pressões» aos trabalhadores para que estes aceitem acordos «por “mútuo” acordo com vista à saída da empresa».
A CCT defende que os trabalhadores não podem ser responsabilizados pelos «maus governos da administração [da Galp] e sobretudo com todo o aproveitamento político que foi feito do famigerado Aurora». A comissão de trabalhadores defende «o alargamento do vínculo Petrogal a todos os trabalhadores do Grupo, esta empresa «continua a ser a espinha dorsal de todas as actividades operacionais».
«Os trabalhadores do projecto Aurora e todos os outros do grupo, independentemente da máscara que a administração lhes coloque, podem contar com a CCT para denunciar mais esta injustiça e defender os postos de trabalho».
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