Segundo informa uma nota do Sindicato da Hotelaria do Algarve, com a greve, foi encerrado o refeitório do Hospital de Portimão, «que, como consequência, afectou também o serviço no Hospital de Lagos, onde também o serviço de rouparia esteve encerrado».
A nota acrescenta que a Comissão Sindical entregou uma resolução dos trabalhadores ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve, onde são explicadas as razões do protesto, resolução que foi também enviada ao SUCH e aos gabinetes dos ministérios da Saúde e do Trabalho.
No documento entregue, os trabalhadores afirmam que lutam «pela correcta atribuição das categorias», conforme as funções que desempenham e salários correspondentes, pelo abono para falhas, «que nunca foi pago», contra a pressão e o assédio moral, e «pelo cumprimento do regime de folgas estipulado no acordo de empresa publicado em 2016».
Os trabalhadores exigem ainda «mais e melhor fardamento, incluindo sapatos», e a correcta atribuição de dias de férias, «sem discriminações». Também se insurgem contra a «sobrecarga de trabalho», defendendo a admissão de mais trabalhadores.
O protesto dá-se igualmente contra a intenção manifestada pelo SUCH «de pagar a empresas de trabalho temporário para solucionar o problema de falta de trabalhadores», denunciando o «enriquecimento de uns poucos à custa de direitos e baixos salários dos trabalhadores», e apontando que, assim, se perderá a possibilidade de criar uma equipa do SUCH «com experiência, boa vontade e direitos melhores e iguais para todos».
Na resolução, os trabalhadores mencionam ainda que lutam contra as normas do Código do Trabalho que permitem caducar a contratação colectiva e defendem a reposição do tratamento mais favorável ao trabalhador.
O sindicato recorda que há mais de um ano, juntamente com os trabalhadores, exige a resolução dos problemas em diversas reuniões com o SUCH, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve e o secretário de Estado da Saúde, mas, no entanto, estes não são resolvidos e continuam a agravar-se.
A estrutura sindical exige medidas por parte do Governo «para se repor urgentemente os trabalhadores em falta nos serviços de alimentação do Centro Hospitalar do Algarve, não permitindo o recurso a vínculos precários para preencher postos de trabalho permanentes», assim como as medidas necessárias para que o SUCH, que é tutelado pelo Ministro da Saúde, «respeite os direitos dos trabalhadores, nomeadamente o acordo de empresa em vigor que foi publicado em 2016».
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