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Trabalhadores do grupo Águas de Portugal em greve dia 13 de Dezembro

Convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL/CGTP-IN), a paralisação é motivada pela reivindicação de aumentos salariais de 120 euros para todos.

Concentração com dezenas de trabalhadores junto à ETAR de Alcântara
Imagem de arquivoCréditos / STAL

O sindicato revela, em comunicado, que «os trabalhadores do grupo Águas de Portugal vão realizar uma greve nacional de 24 horas na próxima terça-feira (dia 13), para exigir, entre outras matérias, o aumento imediato dos salários em 120 euros para todos, e 900 euros de salário mínimo no grupo».

Os trabalhadores exigem ainda «o retomar das negociações, a aplicação global do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) e a sua revisão, assim como a atribuição e regulamentação dos subsídios de insalubridade, penosidade e risco, e de transporte».

O STAL refere que, desde 2009, os trabalhadores do grupo beneficiaram de um aumento de apenas 20 euros, em 2018.

«Recentemente, a administração do grupo AdP avançou com uma proposta, de todo inaceitável, de actualização salarial para este ano de 1,2% (que corresponde à soma dos 0,3% de "aumentos" impostos pelo Governo PS na Administração Pública em 2021 e aos 0,9% em 2022), e que só não é risível porque é profundamente injusta e gravosa para os trabalhadores, que, sobretudo ao longo deste ano, têm enfrentado muitas dificuldades devido à subida brutal do custo de vida e à maior taxa de inflação dos últimos 30 anos», lê-se na nota.

O STAL diz também que a administração tem vindo a adiar a discussão do caderno reivindicativo apresentado pelos representantes dos trabalhadores (a reunião agendada para o passado dia 7 de Dezembro foi adiada para 25 de Janeiro), «dando assim prova cabal de que continua a ignorar as reais dificuldades dos trabalhadores e as suas justas e legítimas aspirações».

Adicionalmente, o sindicato lembra que o grupo apresentou lucros de 83,3 milhões de euros em 2021, um crescimento de 6% face a 2020, e mais de 400 milhões de euros nos últimos dez anos.

«Não são suficientes para valorizar os trabalhadores?», indaga o sindicato, acusando a empresa de direccionar «milhões para os accionistas» e «"migalhas" para os trabalhadores».

No início de Novembro, STAL e Fiequimetal (CGTP-IN) concentraram-se junto à sede da empresa Águas de Portugal, em protesto contra o adiamento da reunião prevista para discutir o caderno reivindicativo.  


Com agência Lusa

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