A greve, segundo o pré-aviso publicado hoje na imprensa, vai realizar-se entre as 0h do dia 11 de Julho e as 23h59 do dia 16, e está decretada para todos os voos Portugália Airlines que ocorram em território nacional.
A paralisação abrange serviços como a «assistência ou qualquer tarefa no solo, que seja ordenada pela empresa, nomeadamente instrução ou outro serviço em que o tripulante preste actividade, as inspecções médicas, no âmbito da medicina do trabalho, situações de deslocação (…) ou qualquer outras acções de formação no solo, deslocações às instalações da empresa desde que expressamente ordenadas por esta com o objectivo do desempenho de actividade integrada na esfera das obrigações laborais».
Bruno Fialho, da direcção do SNPVAC, adiantou à Lusa que a discriminação relativamente aos horários de trabalho é o principal motivo da paralisação.
«Na origem da greve dos tripulantes de cabine da Portugália Airlines está principalmente uma enorme discriminação em relação a outros trabalhadores do grupo TAP. Não estão a ser concedidos os mesmos direitos, as mesmas formas de tratamento», frisou.
O sindicato espera que a empresa reconsidere «todas as reivindicações», uma vez que «os trabalhadores e os tripulantes de voo da Portugália têm horários muito penalizantes que causam extrema fadiga e têm levado a um aumento das baixas [médicas]».
«Necessidades sociais impreteríveis»
No que diz respeito aos serviços mínimos, segundo o pré-aviso, o sindicato «assegura as necessidades sociais impreteríveis no período decretado para a paralisação».
«É entendimento do SNPVAC que o conceito de necessidades impreteríveis apenas se confina às regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, por razões de coesão nacional e isolamento das populações (…) sendo certo que existem outras operadoras (TAP/SATA/Easyjet/Ryanair) que asseguram a ligação entre o continente as ilhas», lê-se no texto.
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