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«Entre sombras» na selecção oficial de 2019 do prémio «César»

Depois do recente prémio em Hiroshima, o filme de Alice Guimarães e Mónica Santos foi escolhido para integrar a selecção oficial do César 2019 para a categoria de curtas-metragens de animação.

Mónica Santos e Alice Guimarães no festival »Curtas Vila do Conde», após terem recebido o Prémio do Público/SPA (Julho de 2018)
CréditosFonte: Arte/Factos

A francesa Academia das Artes e Técnicas do Cinema (Academia do Cinema), que atribui anualmente os prestigiados prémios César, incluiu na sua selecção oficial para 2019, na categoria de curtas metragens de animação, o filme Entre Sombras, de Alice Guimarães e Mónica Santos.

A selecção, recentemente anunciada pela Academia do Cinema, foi realizada pelos 20 membros do seu «Comité Animação» e abrangeu 12 filmes, os quais concorrem ao César 2019 para o Melhor Filme de Animação (Curta-metragem).

Dentro deste processo, os filmes escolhidos vão exibidos em Paris, a 8 de Dezembro de 2018, no cinema Les 3 Luxembourg (67 rue Monsieur le Prince, no Quartier Latin), e submetidos à apreciação do júri que, a partir da selecção inicial, votará de 2 a 22 de Janeiro os quatro finalistas cujos nomes serão anunciados em conferência de imprensa marcada para 23 de Janeiro de 2019.

A 44.ª edição dos César e a consequente atribuição prémio para o Melhor Filme de Animação (Curta-metragem) realizar-se-ão um mês depois, em 23 de Fevereiro de 2019.

Entre sombras prossegue uma carreira de reconhecimento nacional e internacional que, em Agosto passado, se traduziu num Prémio Especial do Júri no Festival Internacional de Curtas-metragens de Hiroshima (Japão), depois de ter recebido o Prémio Especial do Público em dois festivais: Zagreb (Croácia) e Vila do Conde – neste último Alice Guimarães e Mónica Santos voltaram a obter a distinção que já tinham obtido em 2015 com o filme Amélia & Duarte.

Filme sobre Fernando Pessoa integra outra selecção oficial

A co-produção luso-franco-belga Como Fernando Pessoa salvou Portugal, realizada por Eugène Green, integra também a selecção oficial do César, na categoria Curta-metragem. O processo de selecção será semelhante ao descrito acima e com igual calendário, com a diferença de serem 24 os filmes seleccionados para concurso e cinco os finalistas.

Eugène Green (n. 1947), cineasta, escritor e dramaturgo francês de origem americana, abordara já uma temática portuguesa no filme La religieuse Portugaise – a história de uma actriz francesa que vem a Portugal interpretar a personagem de Mariana Alcoforado num filme sobre as Lettres Portugaises.

Em Como Fernando Pessoa salvou Portugal, o realizador volta a trabalhar com os actores Diogo Dória e Carloto Cotta  – este interpretando o papel de Fernando Pessoa – mas conta também, no elenco, com o realizador Manuel Mozos1 e o próprio Eugène Green.

Os prémios César

A Academia de Cinema foi criada em 1975 por iniciativa de Georges Cravenne e «agrupa profissionais da indústria cinematográfica e personalidades que escolheram reunir-se» para vincar «o carácter eminentemente colectivo da criação cinematográfica» e «chamar a atenção do público» para os profissionais «que fazem a singularidade do filme de cinema».

Com a criação do prémio, atribuído pela primeira vez em 1976, Cravenne, um produtor cinematográfico que foi também um «pioneiro francês das Relações Públicas» e «adido de imprensa de grandes realisadores e actores franceses», procurou «criar um evento similar aos Oscars de Hollywood». A cerimónia e as estatuetas que lhe deram o nome tomaram o nome do escultor que as criou, César Baldaccini, dito César.

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