Na semana dos 50 anos do 25 de Abril, as noites dos livros censurados, do Plano Nacional de Leitura (PNL), pretendem celebrar os livros como resistência, recordando autores que foram censurados e afirmando que as suas obras não devem ser fechadas em armários. «Os livros fizeram parte da Revolução, fazem parte das nossas vidas como sociedade e do nosso crescimento. Recusamos a censura na literatura, em qualquer forma ou sob pretexto algum», lê-se na apresentação da iniciativa, que decorre entre hoje e domingo, 28 de Abril, em localidades de Norte a Sul.
Amanhã assinala-se o Dia Mundial do Livro e, entre as 18h30 e as 20h, excertos de livros proibidos pela ditadura vão ser lidos na Fundação José Saramago, na Casa dos Bicos, em Lisboa, com base numa lista divulgada pelo PNL, onde se incluem obras de autores como Bernardo Santareno, Álvaro Cunhal, Alves Redol, António Borges Coelho, Bento de Jesus Caraça, Jorge Amado, Jorge Luís Borges, José Régio, Luís de Sttau Monteiro, Manuel da Fonseca, Miguel Torga e Simone de Beauvoir, entre muitos outros.
A Fundação informa que os interessados em participar devem levar um dos livros indicados, inscrever-se no local e ler um excerto, «ou simplesmente ouvir, em liberdade». Também na Casa dos Bicos, mas na noite de 24 para 25 de Abril, haverá leitura integral da obra teatral A Noite, de José Saramago, assinalando os 50 anos da Revolução dos Cravos.
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