Morreu Armando Baptista-Bastos aos 83 anos

O jornalista, cronista e escritor Armando Baptista-Bastos morreu hoje, em Lisboa, aos 83 anos, disse à Lusa a sua mulher.

Armando Baptista-Alves, em Lisboa, em 2006
CréditosPedro Ribeiro Simões / CC BY 2.0

Entre outros meios de comunicação social, Baptista-Bastos trabalhou nos jornais República, O Século, Diário Popular, onde, na década de 1960, manteve a rubrica semanal «Letra de Repórter».

Foi ainda fundador do semanário O Ponto, no qual «realizou uma série de 80 entrevistas que assinalaram uma renovação naquele género jornalístico e marcaram a época», segundo a biografia disponível na página do Jornal de Negócios, onde o texto mais recente que assinou data de 3 de Março.

Baptista-Bastos trabalhou também na Rádio e Televisão Portuguesa, no Rádio Clube Português, na Rádio Comercial e na RDP – Antena 1.

Jornalista desde os 19 anos, quando começou n’O Século, Baptista-Bastos estreou-se editorialmente com o ensaio O Cinema na Polémica do Tempo (1959), a que se seguiu outro ensaio, O Filme e o Realismo (1962). Baptista-Bastos é autor de mais de duas dezenas de livros.

Ao longo da carreira, o autor conquistou vários prémios, designadamente, o Prémio Literário Município de Lisboa, em 1987, pelo romance A Colina de Cristal, que lhe valeu também o Prémio PEN Clube Português de Ficção, no ano seguinte.

Em 2002, recebeu o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, pela obra No Interior da Tua Ausência. Em 2003, venceu o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro Lisboa Contada pelos Dedos.

Em 2006, recebeu os prémios de Crónica da Sociedade da Língua Portuguesa, João Carreira Bom e do Clube Literário do Porto.


Com Agência Lusa

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