Cenas da vida das trabalhadoras das indústrias conserveiras podem ser vistas nesta peça escrita por Luísa Monteiro exclusivamente para o Teatro Estúdio Fontenova. Com encenação de José Maria Dias, o trabalho estreia amanhã, pelas 21h, no Fórum Municipal Luísa Todi, estando agendadas reposições nos dias 7 e 8, e de 11 a 15 (nos dias 8 e 15, às 16h).
Neste trabalho, José Maria Dias «entrecruza universos de mulheres conserveiras de várias localidades portuguesas, sobretudo de Setúbal, mas também do Algarve, para abordar questões como a extrema dureza do trabalho, que ia do escamar e cortar ao amanhar e salgar o peixe», lê-se num comunicado da Câmara Municipal de Setúbal.
A peça, interpretada por Eunice Correia, Fábio Nóbrega Vaz, Graziela Dias e Sara Túbio Costa, gira em torno de Emília, uma personagem na casa dos 70 anos que vai discursando sobre a vida das conserveiras entre os anos 1920 e 1970.
«A decadência e o encerramento que algumas fábricas de conservas atravessaram, até à actualidade, são também mencionadas pela personagem, assim como os polos desta indústria que ainda se mantém em Portugal, nomeadamente nas zonas de Aveiro e Olhão», salienta-se na nota.
A Casa de Emília tem composição musical de Jorge Salgueiro, participação do Coro Setúbal Voz, vídeo de Eduardo Dias, sonoplastia de Emídio Buchinho, figurinos de Maria Luís e espaço cénico, desenho de luz e voz-off de José Maria Dias.
Um dia depois da estreia, o Teatro Estúdio Fontenova lança o livro com o texto dramático de A Casa de Emília na Casa d'Avenida, onde se incluem artigos dos investigadores Jaime Pinho, João Pedro Santos e Vanessa Amorim.
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