Um caça saudita atacou ontem à noite o mercado de al-Moshnaq, na província de Saada, fronteiriça com o reino de Saud, segundo divulgou o canal iemenita Al-Masirah, citado pela PressTV e a HispanTV. O mercado encontrava-se cheio de gente a fazer compras para a festividade muçulmana do Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão.
A Al-Masirah alertou para a possibilidade de o número de vítimas aumentar, na medida em que o caça continuou a bombardear o local mesmo depois de as equipas de salvamento terem chegado ao local. Além disso, alguns dos feridos encontram-se em estado crítico.
A situação faz lembrar outros bombardeamentos levados a cabo pelos sauditas contra infra-estruturas civis repletas de gente. O caso mais grave – e o que obteve maior relevo mediático – ocorreu a 8 de Outubro de 2016, quando os sauditas atacaram um centro comunitário, na capital do país, Saná. Estima-se que milhares de pessoas ali estivessem reunidas para participar num funeral. Mais de 140 foram mortas e mais de 500 ficaram feridas.
Desde que, em Março de 2015, a coligação militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma ofensiva contra o Iémen – alegadamente para recolocar no poder Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado próximo de Riade, e esmagar a resistência do movimento Ansarullah –, os seus bombardeamentos provocaram mais de 12 mil mortos e quase 21 mil feridos, de acordo com os dados divulgados na semana passada pelo Centro Legal para os Direitos e o Desenvolvimento iemenita.
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