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China reduziu poluição atmosférica em 40% num período de sete anos

O país asiático conseguiu reduzir tanto a emissão de gases tóxicos para a atmosfera em sete anos como os EUA o fizeram em três décadas, destaca um estudo da Universidade de Chicago.

Lago Donghu em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei, 23 de Novembro de 2018
Lago Donghu, em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei, 23 de Novembro de 2018 CréditosXiao Yijiu / Xinhua

A quantidade de partículas nocivas no ar na China desceu 40% entre 2013 e 2020, segundo o Instituto de Política Energética da Universidade de Chicago (EUA).

Isto significa que aquilo que o país asiático conseguiu fazer num período de sete anos custou 30 anos a ser alcançado nos Estado Unidos, aponta o estudo agora publicado, referido pelo Bloomberg.

Este avanço contribuiu para a redução dos níveis médios de smog no mundo e pode acrescentar dois anos à esperança média de vida, caso se mantenha.

Embora o smog, em níveis que excedem os limites de segurança, continue a existir em amplas faixas do país, a experiência chinesa evidencia a rapidez com que se pode avançar nesta área, destacaram os investigadores no estudo.

«O êxito da China na redução da contaminação atmosférica é uma indicação clara das oportunidades existentes para outros países, caso imponham políticas estritas contra a poluição, como alguns estão a começar a fazer», afirmam os cientistas.

Este «êxito» da China assenta em grande medida na diminuição do uso de automóveis e na restrição à queima de carvão nas grandes cidades.

Sem a diminuição alcançada na China, o mundo teria assistido ao aumento dos níveis médios de poluição atmosférica desde 2013, disseram os investigadores por e-mail.

«Progesso notável» em defesa do ambiente

Referindo-se aos resultados deste estudo da Universidade de Chicago, um representante do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou, esta quarta-feira, que o estudo reconhece o «progresso notável» feito pela China nesta matéria.

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Rio Lijiang espelha os avanços da China a nível ecológico

Há 20 anos, havia quem se recusasse a lavar aqui a hortaliça. Nos últimos anos, as autoridades investiram quase cem milhões de dólares no saneamento, melhorando a vida da população e protegendo o turismo.

Vista de cima do Rio Lijiang, no condado de Yangshuo, a 18 de Outubro de 2018 
CréditosZhang Ailin / Xinhua

Durante a sua visita à Região Autónoma Zhuang de Guangxi (Sul da China), o presidente chinês, Xi Jinping, destacou, esta segunda-feira, a importância de proteger e «jamais danificar» o sistema ecológico do Rio Linjiang, a que se referiu como «um tesouro único na China e no mundo», indica a Xinhua.

O Rio Lijiang, com um comprimento superior a 400 quilómetros, ladeado por montanhas cársticas cobertas de vegetação densa, é hoje um dos «pontos quentes» do turismo na região de Guilin e no país.

Nos guias turísticos, nos blogues de viagens e nalguns meios de comunicação ocidentais, o rio é apontado como um dos mais bonitos do mundo e mais adequados para os viajantes, atraindo milhões de visitantes todos os anos.

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Guangxi e Sichuan erradicam a pobreza de todos os seus distritos

As autoridades da província de Sichuan e da região autónoma de Guangxi anunciaram a eliminação da pobreza nos seus territórios. O governo chinês tem como meta erradicar a pobreza do país até final do ano.

Mulheres da etnia Miao numa aula de programa de treino de mandarim na aldeia de Wuying, na Região Autónoma Zhuang de Guangxi, em Setembro de 2020
CréditosLi Xin / Xinhua

A Região Autónoma Zhuang de Guangxi (Sul da China) conseguiu varrer a pobreza dos seus 54 distritos, depois de eliminar o fenómeno nos últimos oito onde persistia, segundo anunciou o governo regional esta sexta-feira.

Num comunicado, as cidades de Liuzhou, Baise e Hechi, onde se encontram esses oito distritos, foram aconselhadas a manter os esforços com vista a consolidar as conquistas alcançadas na luta contra a pobreza e a evitar que a população caia novamente na miséria, informa a agência Xinhua.

Também na província de Sichuan

As autoridades desta região no Sudoeste da China, cujas zonas montanhosas foram durante muito tempo uma «cidadela de pobreza extrema», declararam na passada terça-feira que tinham conseguido libertar deste flagelo todo o seu território.

O governo provincial de Sichuan indicou que sete distritos da Prefeitura Autónoma Yi de Liangshan foram os últimos da província a sair da lista nacional de pobreza. Em Liangshan vive o grupo mais numeroso da comunidade Yi em toda a China. Dos 5,3 milhões de habitantes, 2,8 milhões pertencem a esse grupo, refere a Xinhua.


A mesma fonte indica que a prefeitura combatia há muito a pobreza extrema – uma tarefa dificultada pelo terreno montanhoso. Em 2013, a região registava 881 mil pessoas em situação de pobreza.

Nos últimos cinco anos, a prefeitura levou a cabo uma grande campanha contra a pobreza, construindo mais de 10 mil quilómetros de caminhos rurais, mudando 350 mil habitantes para novas casas, financiadas pelo governo, e ajudando 215 aldeias a desenvolver a sua economia colectiva.

Mais de 11 mil funcionários foram enviados para as aldeias para apoiar os esforços de luta contra a pobreza e, no fim do ano passado, a taxa de pobreza em Liangshan tinha sido reduzida para 4%, de acordo com o governo da provícia de Sichuan.

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A paisagem idílica, no condado de Yangshuo, está impressa na parte de trás das notas de 20 yuans e Li Fang – como o fazem tantos outros turistas – tirou uma destas notas para a usar numa foto com o seu marido, tendo a paisagem em frente. «As montanhas verdes e as águas límpidas são pitorescas, e eu gostei bastante do ambiente enquanto descia o rio numa jangada», disse Li, com 32 anos.

Uma avaliação nacional da água divulgada pelo Ministério da Ecologia e do Ambiente em meados de Abril colocou o Rio Lijiang entre os dez melhores do país em termos de qualidade ambiental hídrica no primeiro trimestre deste ano, revela a Xinhua. O cenário era bem diferente há apenas duas décadas.

Poluição, desflorestação, extracção ilegal de areia

A paisagem idílica actual na região de Guilin contrasta fortemente com a de há 20 anos, quando ali se sentiam os impactos da poluição e da desflorestação. Explorações pecuárias de suínos e restaurantes despejavam as águas residuais no rio, e os barcos da extracção de areia também contaminavam a água, explica a agência. «Nós não queríamos lavar a hortaliça no rio», lembra Li Yingrong, um aldeão da região.

Em busca de maiores benefícios económicos, os habitantes costumavam queimar as plantas nos montes ao longo do rio para ali cultivar safras comerciais, como laranjeiras.

«A desflorestação e a recuperação danificavam o solo e a água. Depois das chuvas fortes, na temporada de enchentes, a água do rio tornava-se lamacenta», disse Yang Lihua, chefe do Partido no município de Xingping, no condado de Yangshuo, lembrando como se passavam as coisas quando assumiu o cargo.

Em 2012, afirma a agência, a China avançou com a visão da construção de uma «China Bonita», na qual o progresso ecológico era parte do seu plano integrado de desenvolvimento. Nesse mesmo ano, entraram em vigor os primeiros regulamentos regionais sobre protecção ecológica e ambiental do Rio Lijiang, destacando a coexistência harmoniosa entre o homem e a natureza.

Vista de cima do Rio Lijiang, no condado de Yangshuo, a 19 de Maio de 2020 / Cao Yiming, Xinhua

Proteger o rio com medidas concretas e grande investimento público

Para proteger o rio, os governos locais implementaram uma série de políticas e medidas, além de levarem a cabo esforços abrangentes com vista à redução da poluição, que passaram pelo encerramento de fábricas poluentes e a adopção de medidas severas contra a extracção ilegal de areia. Pedreiras, restaurantes de peixe, explorações de suínos e instalações de aquacultura perto das margens do rio foram fechadas, revela a Xinhua.

Mo Bikun, funcionário responsável pelo tratamento de esgotos no Gabinete de Gestão do Projecto de Drenagem de Guilin, disse que a cidade gastou 619 milhões de yuans (cerca de 95 milhões de dólares) na construção e no melhoramento da rede de esgotos, entre 2015 e 2020, para evitar que a água suja fosse parar ao Rio Lijiang.

Melhor ambiente, mais turistas e receitas. Em 2019, Guilin recebeu 138 milhões de turistas, gerando um consumo de de 187,4 mil milhões de yuans, mais 26,7% e 34,7% que em 2018, respectivamente.

«O rio mais limpo não deliciou apenas os turistas nacionais e estrangeiros, pois melhorou também a "satisfação de viver" da população», disse Mo.

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Recorde-se que, em 2012, as autoridades chinesas avançaram com a visão da construção de uma «China Bonita», na qual o progresso ecológico era parte do seu plano integrado de desenvolvimento.

Mais tarde, o «desenvolvimento ecológico» passou a estar integrado na sua Constituição e, num contexto de enfrentamento a problemas de poluição graves, o presidente chinês tem reiterado as afirmações em defesa da «coexistência harmoniosa entre pessoas e natureza».

O ano passado, por ocasião do Dia Mundial do Ambiente, Xi Jinping disse que «devemos proteger a natureza e preservar o ambiente da mesma forma que protegemos os nossos olhos e esforçarmo-nos para promover uma nova relação na qual as pessoas e a natureza possam prosperar e viver em harmonia».

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