As saídas previstas estão a ser pensadas para trabalhadores na Alemanha. Esta decisão da Volkswagen ocorre apesar dos lucros registados e de uma facturação de 222 884 milhões de euros no ano passado.
Com a diminuição de 37,5% dos lucros face a 2019, ano em que registou ganhos de 13 346 milhões de euros, o grupo automóvel considera que «fecha o ano de 2020 com sucesso, apesar do impacto da pandemia».
O CEO do grupo, Herbert Diess, afirmou em conferência de imprensa que, «o nosso bom resultado em 2020, um ano dominado pela crise, dar-nos-á um impulso para acelerar a nossa transformação».
A empresa conta com o mercado chinês e latino-americano, onde manteve resultados positivos, e prevê construir um milhão de automóveis eléctricos que poderão vir a respresentar 60% das vendas do grupo Volkswagen na Europa, em 2030.
Não obstante, a empresa quer reduzir cinco mil postos de trabalho em fábricas da Alemanha, não estando, para já, previstos despedimentos na unidade de Palmela, explicou à Lusa uma fonte da Autoeuropa.
De acordo com o jornal alemão Handelsblatt, citado pela agência Bloomberg, a redução de cinco mil postos de trabalho será concretizada através de «medidas voluntárias», nomeadamente com reformas parciais e antecipadas. Recorde-se que a empresa tem um acordo laboral com sindicatos que impede despedimentos até ao final da década, optando assim por recorrer a estes mecanismos, forçando acordos com trabalhadores para a sua saída.
No início do ano, a Autoeuropa tinha um total de 5282 colaboradores, tendo esta unidade fabril produzido, em 2020, 192 mil automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão. Esta actividade corresponde, segundo a própria empresa, a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portugueses.
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