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|Argélia

Diplomatas reafirmam em Argel direito do povo saarauí à autodeterminação

Num encontro solidário realizado esta segunda-feira na capital argelina, embaixadores e diplomatas da África e América Latina vincaram o seu «apoio inabalável» à causa e à luta do povo saarauí.

Manifestantes saarauís pela independência do Saara Ocidental
Créditos / arainfo.org

«Condenamos e rejeitamos a posição do governo francês, porque a causa do Saara Ocidental é uma questão de descolonização da última colónia em África», declarou Pandulena Kaino Shingenge, embaixadora da Namíbia em Argel.

Shingenge foi umas das participantes na conferência de solidariedade com o Saara Ocidental organizada pela associação Machaâl Echahid e o jornal El-Moudjahid, em colaboração com a Embaixada da República Árabe Saarauí Democrática e o Instituto Nacional de Estudos Estratégicos Globais (INESG), indica a Sahara Press Service (SPS).

A diplomata incidiu na condenação ao apoio de França à ocupação marroquina do Saara Ocidental, tendo afirmado que o povo saarauí aspira à organização de um referendo de autodeterminação.

Num encontro em que ficou patente o «apoio inabalável» à causa e à luta do povo saarauí, «até que recupere a sua liberdade e independência», a diplomata namibiana fez ainda questão de expressar a sua «solidariedade total» ao povo palestiniano, lançando um apelo para que se ponha fim ao seu sofrimento e às operações criminosas cometidas contra ele.

Neste sentido – refere a fonte –, pediu a todos os homens livres do mundo que apoiem os povos do Saara Ocidental e da Palestina nas suas lutas pela liberdade e a independência.

Posição de França é «inaceitável»

Já o encarregado de negócios da Embaixada da África do Sul em Argel, Bernard Legodo Koporo, declarou que a posição de França sobre o Saara Ocidental é «inaceitável», ao apoiar o chamado plano marroquino de autonomia para o território.

«França deveria ter-se abstido de fazer tal declaração, pois isso representa uma interferência nos assuntos internos de outro país», disse Koporo.

Neste contexto, afirmou que a África do Sul irá continuar a apoiar as resoluções das Nações Unidas sobre o Saara Ocidental, bem como os esforços do enviado pessoal do secretário-geral da ONU para o Saara Ocidental, de modo a alcançar uma solução política justa.

Só o povo saarauí deve decidir sobre o seu destino

Por seu lado, os embaixadores de Cuba, Hector Igarza, e da Venezuela, Juan Bautista Arias, reafirmaram o seu apoio sólido à «justa causa» do povo saarauí.

O diplomata cubano em Argel disse ainda que «França, enquanto membro permanente do Conselho de Segurança, tinha votado em 1992 a favor da resolução que reconhece o direito do povo saarauí à autodeterminação» e frisou que «só o povo saarauí deve decidir o seu destino».

Também o diplomata venezuelano Juan Arias destacou o facto de que só ao povo saarauí cabe estabelecer a soberania sobre as suas terras. Reiterando o apoio da República Bolivariana da Venezuela à causa do povo saarauí, criticou o Conselho de Segurança da ONU por não assumir as suas responsabilidades no que respeita ao Saara Ocidental.

Referindo-se ao direito de autodeterminação, o embaixador venezuelano disse ainda que «a ausência de condições para encontrar soluções pacíficas para atingir este objectivo abre caminho à violência e à guerra».

Igualmente presente esteve o ex-embaixador de Moçambique na Argélia, Carvalho Muária, que expressou a solidariedade e apoio do seu país ao direito do povo saarauí à autodeterminação, e lembrou que tal posição está consagrada na Constituição moçambicana.

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