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|Saara Ocidental

Governo saarauí condena «posição hostil» de França

O executivo da República Árabe Saarauí Democrática (RASD) denunciou a «posição hostil» de França em relação ao povo saarauí e ao seu direito inalienável à liberdade, independência e autodeterminação.

Créditos / focusonafrica.info

Num comunicado divulgado pela Sahara Press Service (SPS), o governo da RASD afirma que a atitude do executivo francês de apoio ao plano marroquino de autonomia para o Saara Ocidental – tal como o fez o presidente espanhol Sánchez – representa uma «escalada perigosa», que terá «sérias consequências para a paz, a segurança e a estabilidade em toda a região».

O texto sublinha que tal posicionamento de Paris contradiz os princípios do direito internacional e as obrigações de França enquanto membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

«O povo saarauí jamais esquecerá o passado colonial de França e o seu envolvimento directo nas tentativas de exterminar o nosso povo e reprimir a sua resistência desde o início do século XX e em meados dos anos 50 e 60», afirma o documento.

O governo da RASD declarou que França utilizou a sua máquina militar, incluindo aviões Jaguar, para bombardear civis saarauís, e acusou o país europeu de continuar a prestar «apoio multidimensional à ocupação ilegal do Saara Ocidental por parte de Marrocos desde 31 de Outubro de 1975».

Sublinhando que, com esta atitude, o Estado francês «se excluiu de tudo o que está relacionado com os esforços internacionais para descolonizar o Saara Ocidental», o governo da RASD afirmou que França se coloca na mesma posição do ocupante.

Neste contexto, reafirmou que «o povo saarauí irá frustrar todos os desígnios do Estado ocupante marroquino e daqueles que o apoiam, tal como a França colonial», prosseguindo a luta até alcançar a soberania sobre toda a RASD.

Posicionamento francês repetidamente condenado por Argel

Na quinta-feira passada, o governo argelino anunciou que França lhe havia comunicado nos dias anteriores «o apoio explícito e inequívoco» ao «plano de autonomia» marroquino para o Saara Ocidental.

Em comunicado divulgado pela EFE, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país norte-africano afirma ter «tomado nota, com grande pesar e enérgica denúncia, da decisão inesperada, imprópria e improdutiva» de «apoiar o plano de autonomia para o território do Saara Ocidental no quadro da alegada soberania marroquina».

De acordo com a fonte, a diplomacia argelina avisou Paris que iria enfrentar «todas as consequências resultantes desta decisão», atribuindo «total responsabilidade» ao executivo francês.

«Parece que as potências coloniais, tanto antigas como modernas, sabem como dar-se bem, como entender-se e como dar uma mão para se ajudarem», criticou Argel, para quem a decisão francesa pretende «distorcer, falsificar e desvirtuar os factos», prestando apoio a uma «suposta e imaginária» soberania marroquina sobre os territórios saarauís.

Sinal da «troca de princípios por interesses»

Também o Conselho da Nação (câmara alta do Parlamento da Argélia) se pronunciou, este domingo, contra a decisão «vergonhosa» do executivo de Paris de apoiar o plano de autonomia marroquino, desprezando a «justa causa» do povo saarauí.

Para o Conselho da Nação, trata-se de uma «deriva perigosa», que «torpedeia os esforços das Nações Unidas», que colocaram o Saara Ocidental, há muitas décadas, na lista dos territórios pendentes de descolonização, refere a SPS.

«A decisão vai contra a prática diplomática mundial e é sintomática da troca de princípios por interesses», denunciou o órgão de soberania argelino em comunicado.

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