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Esperança de vida na Bolívia sobe para 74 anos

No Brasil, esta segunda-feira, o presidente da Bolívia, Luis Arce, deu conta do aumento da esperança média de vida da população, como resultado dos programas sociais aplicados no seu país.

Luis Arce com com o candidato à Presidência do Brasil Lula da Silva, esta segunda-feira 
Créditos / @LuchoXBolivia

«No ano passado, 2021, a Bolívia já tinha uma esperança de vida de 74 anos», afirmou Arce numa conferência sobre o Modelo Económico Social Comunitário Produtivo (Mescp) e os seus resultados, no Centro Cultural Mídia Ninja, em São Paulo, e transmitida em directo pelo canal estatal Bolivia TV.

Perante um auditório constituído sobretudo por economistas, Arce recordou que este indicador, em 2005, era apenas de 64 anos, tendo chegado a 73 em 2019, antes do golpe de Estado.

Destacou que o país andino-amazónico «encurtou as diferenças» e aumentou em quase 11 anos este índice no período 2005-2021, ao contrário de outros países da região, como a Argentina e o Brasil.

«Encurtámos as diferenças da esperança de vida […]. Isso é investimento em saúde, isso é melhoria da qualidade de vida, isso é melhoria dos rendimentos, isso é redistribuição do rendimento no nosso país», frisou o presidente boliviano, citado pela Prensa Latina.

«Então, na Bolívia, com o Modelo Económico Social Comunitário Produtivo, alcançámos não apenas resultados económicos, mas também resultados sociais, e é isso que vimos aqui apresentar-lhes», disse.

Na ocasião, Arce também criticou o neoliberalismo, sublinhando que o Estado deve garantir que a Bolívia deixe de entregar os seus recursos naturais e se apropria dos «recursos excedentes».

«O neoliberalismo traz uma dependência dos organismos internacionais», afirmou Arce, denunciando que «as políticas eram desenhadas em Washington» e era dali que vinha o modelo para que os governos aplicassem claramente o neoliberalismo na Bolívia. «Nós recuperámos a política fiscal, a política monetária», disse o presidente da Bolívia, citado pelo Brasil de Fato.

A conferência no Centro Cultural Mídia Ninja inseriu-se na vasta agenda que Arce levou a cabo no Brasil, que incluiu reuniões com representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e com o candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva.

Também se encontrou com uma representação da comunidade dos bolivianos residentes no Brasil, estimada entre 200 mil e 300 mil pessoas.

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