O executivo francês está a responder «às urgências sociais e ao aumento das desigualdades com medidas ineficazes», acusa a central sindical, lembrando que mantém na agenda projectos de retrocesso social como o aumento da idade da reforma.
Em simultâneo, lê-se num comunicado publicado no portal da Confederação Geral do Trabalho (CGT), as empresas recebem cada vez mais ajudas públicas (o montante estimado é superior a 157 mil milhões de euros, só este ano), e grandes empresas, como TotalEnergies, pagam cada vez mais dividendos aos seus accionistas.
Neste contexto, a CGT sublinha que só as mobilizações e as greves levam as empresas a abrir processos de negociação e lembra que foram estas lutas que permitiram conquistar aumentos salariais, apesar das «repressões».
Aumento geral dos salários é fundamental para a Segurança Social
No documento em que enuncia os propósitos da jornada de mobilização marcada para o próximo dia 10 de Novembro, a CGT defende que o aumento dos salários representa mais contribuições para a Segurança Social, ou seja, mais meios para os cuidados de saúde, para a educação, para a deficiência, para a protecção em caso de acidente laboral.
O aumento geral dos salários e «uma outra distribuição da riqueza» são também «essenciais para ter boas reformas aos 60 anos» e, desse modo, responder a «um projecto de reforma das pensões injusto e rejeitado pela grande maioria da população», que pretende adiar a idade da reforma, em França, para os 65 anos.
A defesa do direito a envelhecer, com boas reformas, a partir dos 60 anos – mais cedo no caso das profissões consideradas penosas – é uma das reivindicações da jornada de luta descentralizada agendada pela CGT para dia 10 de Novembro.
O aumento geral dos salários e a indexação automática de todos os níveis remuneratórios ao custo de vida são igualmente reclamados.
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